quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pedro Passos Coelho é o conto do vigário.

Agora é a vez de Pedro Passos Coelho. Antes foi a de Manuela Ferreira Leite, Luís Filipe Menezes, Marques Mendes, Santana Lopes, Durão Barroso, Marcelo Rebelo de Sousa, Fernando Nogueira, Cavaco, e outros tantos. Sempre o mesmo blá, blá, para enganar incautos.

E as pessoas continuam com as mesmas incapacidades fundamentais, sem sequer conhecerem a diferença entre forma e substância. O vendedor de banha de cobra Passos Coelho é, na verdade, um trauliteiro. Um reaça com frustrados a apoiá-lo, como essa figura pidesca, com tanto para contar,  designada Ângelo Correia, o ministro da administração interna com "insurreição dos pregos", que pode e há-de exibir para sempre o assassínio brutal de dois trabalhadores às mãos da polícia de choque que comandou.

Ora estes trapaceiros, mais velhos ou mais novos, mais sérios ou mais corruptos, exibindo mais ou menos as setas do partido a que pertencem, mas que poderiam perfeitamente chefiar o gabinete de um qualquer pinochet, desde que a retribuição lhes agradasse, não têm qualquer solução para salvar o país.

Mas como experimentados vigaristas políticos acham que o verbo é tudo. E, de eleição para eleição, recauchutam o discurso, mudam os fatos e as gravatas, os penteados e os olhares, o tom de voz e os trejeitos, as designações e os ademanes, sem abandonarem, contudo, a política velha que tanto desastre causou já.

Sofistas, invertebrados, acham que as respectivas barrigas determinam Portugal e confundem os umbigos sujos com o interesse nacional. Por isso, enebriados, investem contra o monumento que ainda representa a revolução de Abril, a Constituição da República.

Passos Coelho pode ganhar todas as eleições. O que não conseguirá é disfarçar, para quem da História souber alguma coisa, a sua essência de plástico recauchutado. Vejo-o como um organismo composto de restos putrefactos: as pernas de Durão, o cérebro de Menezes, as mãos de Mendes, a incoerência de Nogueira e a impotência, a desadequação, da política que todos desenvolveram.

Votar nele é pois, a curto ou médio prazo, convocar um novo congresso do ppd, psd, da mesma coisa infecta que se vê. E adiar a real alternativa à criminosa política de direita.

Sem comentários: