segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cinco anos de vida: a luta continua!

Este modesto blogue faz hoje cinco anos. Criado por influência do meu amigo António Balbino Caldeira, tem servido, sobretudo, como meio de expressão do que penso e sinto e como ponto de encontro com imensos leitores. Lendo o que escrevi sinto a alegria quem se revê em tudo quanto fez, com maior ou menor qualidade, e o orgulho de persistir no caminho que há muitos anos iniciei.

Este é um blogue escrito por um comunista. Assumi-o desde o início, o que, como é evidente, não significa que tenha estado à altura da qualidade que reivindico. Porém, cada vez tenho mais orgulho em ser português. E parte considerável desse sentimento devo-o à existência do Partido Comunista Português, que com a sua heróica história de 89 anos é hoje um caso único em todo o mundo.

É evidente que poderia ter feito muito mais e melhor. Mas um blogue também deve ser isto: espaço em branco que só devemos preencher quando sentimos necessidade. E sem mais preocupações do que deixar impresso, com fidedignidade, o que somos ou almejamos ser. Agradeço a todos os visitantes deste blogue o apoio e incentivo que espero continuar a merecer. 

Publico de seguida um pequeno texto -só a esta hora por dificuldades que o template quis encontrar - de um grande e corajoso jornalista, curiosamente arredado dos principais meios de comunicação, que há mais de sete anos me apoia e sem cuja solidariedade - e a da Sofia Ganhão, sua companheira querida e uma mulher do tamanho do mundo - me teria sido bem mais difícil resistir. Obrigado, camarada António!




Obrigado, Pedro!

Conheci o Pedro vai para 7 anos quando, incrédulo, o País acordou para o escândalo da pedofilia. Primeiro com a distância que um jornalista deve ter do “objecto da notícia”, depois despertando o cidadão que há em nós, fui construindo a minha convicção de que “a dor das crianças não mente”! 

O processo Casa Pia foi aquilo que mais abalou a minha vida. De tal forma que, durante três anos, fui incapaz de exercer a profissão. Ultrapassada a fase da relação jornalista-fonte, tornei-me amigo do Pedro. E, hoje, para além da amizade que nos une há essa velha cumplicidade de irmãos.

Discordamos muito, discutimos muito, houve uma altura que nos afastamos, por mútuo consentimento e sem constrangimentos. Mas essa irmandade dos que – contra a corrente – lutam e afirmam cidadania foi mais forte.

A minha vida sem José Pedro Namora teria sido mais pobre. Ele (re) ensinou-me que VALE A PENA LUTAR – sob novas formas e novos meios! No 5º aniversário deste blogue quero dizer: PRESENTE!

António Manuel de Alte Pinho
http://www.jornalprivado.blogspot.com/
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