A minha filha contou-me que fez, na escola, uma redacção. De manhã foi visitar a praia das Avencas e de tarde foi à grande manifestação da CGTP. “Sabes, pai”, contou-me admirada e orgulhosa, “escrevi que tinha dado um beijinho ao Jerónimo e ao Francisco Lopes e os meus colegas de turma nem sequer sabiam de que Partido eram os pais”.
Quando se deitou, pediu-me, como faz habitualmente, para lhe contar uma história. Só tem uma exigência habitual: que a história seja inventada por mim. Mas hoje à noite, acrescentou um requisito: “Fala-me da camponesa que os pides mataram por lutar contra a miséria”. E eu falei.
Por estas e por outras, quando me dizem que a História chegou ao fim, o desprezo que nutro pelos que sempre claudicam ante as adversidades, faz-me rir. A História avança e mesmo que os poderosos façam “planos para mil anos”, como dizia o poeta, estou certo de que também a minha Rita, milhões de ritas em todo o Mundo, empunhará a bandeira dos que lutam contra a opressão e a iniquidade.
Obrigado, filha!
Por estas e por outras, quando me dizem que a História chegou ao fim, o desprezo que nutro pelos que sempre claudicam ante as adversidades, faz-me rir. A História avança e mesmo que os poderosos façam “planos para mil anos”, como dizia o poeta, estou certo de que também a minha Rita, milhões de ritas em todo o Mundo, empunhará a bandeira dos que lutam contra a opressão e a iniquidade.
Obrigado, filha!