terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sobre (in)segurança

O problema da insegurança em Portugal tem sido discutido por quem se limita ao trivial. Os especialistas na matéria, os que estudam com denodo o problema, são ignorados, não vá dar-se o caso de apontarem responsabilidades aos que agoram choram tanta criminalidade.

O PSD que terminou com o policiamento de proximidade, para criar as ineficazes super-esquadras, pretende colher votos com a demagogia sobre o sangue derramado. Como se não tivesse dominado o País durante tantos anos. O CDS, só vê crimes e bandidos nos bairros pobres e quer pejá-los de câmaras para filmar tudo. O ps, tão responsável quanto o PSD por esta bandalheira, acordou agora para as operações das polícias feitas à dúzia, sem critério e incidindo também apenas sobre bairros e gente humilde.

Que fizeram até aqui? Nada! Aliás, basta estudar um pouco para se constatar que esta gente não sabe nada de segurança. Já em 2002, descobri que emigrantes compravam - sim, compravam!!! - vistos numa embaixada portuguesa. Da mesma rede faziam parte falsificadores de documentos, traficantes de escravos, mafiosos da droga.

Toda a gente sabe que chegam criminosos a Portugal, diariamente e com destino certo. Todos conhecem os locais onde impunemente mulheres são traficadas para favorecer o enriquecimento de canalhas.

E nem assim se faz seja o que for para, decisivamente, se atacar a criminalidade. Porque? Porque a quem detém o poder interessa este estado de coisas. Que um influente político socialista presida a uma associação de trabalho temporário - liga esclavagista por natureza - é a melhor demonstração que podemos apontar.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

As comissões de inquérito

Quem tiver assistido hoje à transmissão da actividade parlamentar, há-de ter ficado esclarecido sobre a natureza, objectivos e funcionamento das comissões parlamentares de inquérito. As ditas só deliberam o que a maioria entende e hoje percebeu-se que o ps impôs, na investigação das entidades que supervisionam a actividade bancária, a sua versão dos acontecimentos-

Segundo o deputado Louçã, o BCP, aliás, administradores do BCP, cometeram o maior assalto do século a uma instituição bancária, com a complacência das autoridades de supervisão, nomeadamente a CMVM.

O deputado comunista Honório Novo colocou a questão central: os que assim agiram criminosamente, se fossem punidos, não obstante terem obtido de forma ilícita milhões de euros, sofreriam uma pena bastante inferior aos meliantes que têm furtado apenas valores na ordem dos mil ou dois mil euros.

Perante todas estas denúncias, graves e fundamentadas, o governo calou-se conivente. Que pouca vergonha!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Honrado?

Chama-se Alexandre Honrado e surpreendi-o há pouco, no Rádio Clube Português, a afirmar, sem pinga de vergonha, que os congressos do PCP decorrem à porta fechada. Dita esta falsidade, o senhor que ao que consta escreve para crianças - coitadas !... - permitiu-se aprofundar o embuste com umas graçolas que me fizeram recordar José Gil, referindo-se aos burgessos:

"O riso obtido, explorando a esperteza estúpida dos outros, revela um traço típico do burgesso português: é que, para ele, há sempre um burgesso mais burgesso do que ele. "

Apesar de tudo, confiei que o senhor faria justiça ao nome que ostenta e enviei-lhe uma mensagem, para que ainda pudesse corrigir a mentira durante o programa. Como é evidente, Alexandre ignorou o meu esclarecimento. O que mostra com suficiente clareza que o senhor pode ser o que quiser. Honrado, não!


A verdade é bem diferente: o congresso tem várias sessões e apenas uma é reservada aos delegados. Todas as outras têm imensa assistência que segue com entusiasmo o decurso do congresso. Por outro lado, não há em Portugal qualquer organização, e não estou a referir-me apenas às partidárias, que tenha um funcionamento tão democrático e tão participado.

Desde a adolescência que participo em organizações diversas e nunca encontrei tanta facilidade para exprimir de forma livre o que penso. E também nunca senti que me escutavam, quer dizer, que respeitavam o meu direito de expressão, como no PCP.

E surgem estes fulanos que, sem saberem rigorosamente nada sobre a nossa forma de funcionamento, se permitem criar uma caricatura do que somos para poderem despejar o fel que lhes rói as entranhas.


A banca é uma ladra!

Portugal está a saque: os bancos nunca ganharam tanto dinheiro na vida e apuraram o seu faro criminoso. Milhares de famílias são despejadas de suas casas por não poderem pagar as prestações, ante a indiferença de Sócrates e companhia. Muitas vezes me pergunto: como reagir perante tanto desespero?

Imagino um trabalhador sem salário e sem casa, sem dinheiro para alimentar a respectiva família . Que deve fazer? Lutar, sem dúvida. Mas olhemos a questão pelo seu lado prático: que fazer para garantir entretanto a subsistência? Pedir esmola?

Na generalidade, os trabalhadores cumprem as suas obrigações laborais. Mas estão sempre dependentes do que o mercado e os canalhas que nele enriquecem determinam. Por isso, acho que não esmolaria. Mais facilmente assaltaria um banco. Ou uma carrinha de valores. Afinal, ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão...


domingo, 14 de setembro de 2008

Os diplomas de Sócrates

O aproveitamento escolar melhorou imenso, afirma Sócrates visivelmente agastado com as vozes contrárias. De facto, melhorou e basta analisar as notas atribuídas. Mas a que custo? A ordem explícita ou implícita (basta constatar que o sistema que determina a análise do desempenho dos docentes quantifica também a percentagem de alunos reprovados), foi clara: passa tudo e quem vier atrás que feche a porta!

O mesmo se passa com o RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências) através do qual se pode obter, o 9º ou 12.º anos, sem sacrícfio nem necessidade de demonstrar aptidão para tal. Basta preencher os requisitos formais e aí estão, disponíveis como o vento, milhares de diplomas à "farinha amparo".

Quando os actos eleitorais do próximo ano convocarem, interessados, as estatísticas, sócrates que afinal carece de legitimidade para exigir sacrifícios por ter feito exame em casa, poderá acenar com os milhares de novos habilitados com um diploma. Sem fundo, como os cheques carecas. Mas um diploma.

sábado, 13 de setembro de 2008

Bush nazi!

Bush não engole a vitória de Evo Morales na Bolívia. E a exemplo do que fizeram assassinos como ele, em 1973, no Chile, procura bombardear o governo legitimamente eleito, financiando assassinos e bombistas, cuja missão fundamental é destabilizar o país.
Assim se constata a profundidade da sua natureza democrática. Bush é um nazi, como há meses assinalou a grande pianista Maria João Pires. E a senhora que se candidata a futura vice-presidente dos EUA não lhe fica atrás e prevê mesmo, sem sequer ter sido eleita, a possibilidade de declarar guerra à Rússia. A coisa promete.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Mentirosos e cobardes

Como sucedeu no início do processo Casa Pia, os que reproduzem a voz do dono retomaram a tese da cabala contra o ps, a propósito de uma decisão judicial favorável a Paulo Pedroso. Decisão que nem sequer transitou em julgado, a não ser que vá parar à 3ª Secção do Tribunal da Relação de Lisboa.

A verdade é que, quando foram ouvidos no DIAP, nem Ferro Rodrigues nem Paulo Pedroso conseguiram concretizar de quem teria partido tal urdidura ou conspiração. E não o conseguiram por saberem bem que seria impossível tal cabala.

Como bem salientou o Ministério Publico, tal pressuporia a existência de uma organização que violasse crianças e as induzisse a mentir sobre os autores de tais crimes; por outro lado, teria que corromper polícias, magistrados e um conjunto alargado de cidadãos, tudo com o fito de "decapitar a liderança política" então existente no ps.

Não podendo manter essa teoria absurda, cedo os que pagam as vozes do dono começaram a caluniar e perseguir os que se posicionaram de forma consequente ao lado das vítimas. Um dos alvos principais foi o corajoso e honrado juiz Rui Teixeira.

Atacam-no, cobardemente, por saberem que não se pode defender. Um dos sujeitos mais activos nessa conduta repugnante é um tal Daniel Oliveira, devidamente assessorado por Louçã e Fernando Rosas. A motivação do BE para trair as vitimas dos pedófilos há-de, a seu tempo, ser assinalada.

Analisemos agora outra mentira propalada por Paulo Pedroso contra Rui Teixeira: segundo o ex-arguido no processo, o magistrado teria ido prendê-lo à Assembleia da República acompanhado por uma equipa de televisão. Essa acusação foi agora repetida por Eduardo Sá, psicólogo que com Isabel Stilwel mantém um programa na Antena 1. Para o psicólogo o erro mais grosseiro do magistrado foi mesmo esse.

Ora essa é mais uma mentira que só classifica quem a criou. Eu estava na cadeia de televisão que foi à AR. E sei bem quem chamou a jornalista. O anúncio de que o senhor magistrado se deslocaria a São Bento partiu do próprio parlamento. E visou apenas, no contexto da acesa disputa entre canais de televisão, dar a primazia à SIC.

Por aqui se vê com que cimento se forjou o "erro grosseiro" que tanto alimento tem dado aos sofistas de serviço. E ainda há quem fale mal apenas da Camorra.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Aos meus amigos

A sujeição a uma intervenção cirúrgica só hoje me permitiu reatar o contacto convosco através do blog. A assinalar o tempo que vivemos, o exercício diário da mentira, por opinadores bem pagos e com a consistência viscosa da trampa que produzem.
A propósito da decisão que premiou Pedroso, Ana Gomes e um tal Daniel Oliveira, bolsaram falsidades. Sabem, cobardolas, que a mentira compensa, porque como o país foi tomado de assalto por Sócrates e companhia, está vedado o exercício do contraditório. Ana Gomes, que em Portugal assumiu a defesa dos indonésios, afirmou saber que "canalhas" manipularam as vítimas dos pedófilos, assim alimentando a teoria da cabala. O que posso garantir à desbocada senhora é que a verdade é bem diferente. Os canalhas existem de facto, mas a ocupação a que se dedicam é denegrir a investigação e ofender as vítimas. Quando a senhora quiser, posso provar o que digo.