quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Novo Ano: Saudação das FARC-EP





Na habitual saudação de final de ano, as FARC-EP fazem um balanço da situação colombiana, em crise profunda provocada pela oligarquia local, uma das mais sangrentas da América Latina. A resistência colombiana saúda, igualmente, a fundação do Movimento Continental Bolivariano, que consideram expressão de recusa da dominação imperialista daquela zona do planeta.


As forças armadas revolucionárias comprometem-se, de acordo com as expectativas dos povos dilacerados pela miséria, a lutar até ao último alento por uma Nova Colômbia e apelam à unidade das forças revolucionárias e progressistas contra a reeleição do facínora Álvaro Uribe e a invasão dos EUA.



Pode ler a saudação AQUI



 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Felicitações dos cinco heróis cubanos



Boletín del Comité Nacional para la Liberación de los Cinco Cubanos


Un mensaje de Fernando González por el Año Nuevo



Culmina otro año de lucha y por esta vía pretendo comunicarme con el mayor número de ustedes posible. Quiero hacerles llegar mi gratitud por su compañía en esta batalla en la cual ustedes juegan un papel tan importante. Numerosas han sido las muestras de solidaridad y de apoyo a la causa de nuestra liberación que hemos recibido durante el año que despedimos. Doy las gracias a cada uno de ustedes por el esfuerzo realizado y la contribución personal a los logros alcanzados. 


Durante la reciente audiencia en la corte en la que fui resentenciado fue emocionante constatar cuán fuerte es el movimiento de solidaridad con Los Cinco, representado en la sala por un grupo numeroso de amigos y amigas de Estados Unidos y de otros países a quienes les fue posible, no sin esfuerzo y sacrificios, asistir a dicha audiencia.

Recibimos el año nuevo con las fuerzas renovadas para continuar en la batalla por la verdad y la justicia, y con la confianza proporcionada por el saber que ustedes están a nuestro lado y que no cejarán en el empeño de que se nos conceda la libertad y se nos permita el regreso a la patria.

A todos ustedes, en cada país en el que se encuentren y desde donde contribuyan a lograr esos objetivos, mi más profunda gratitud y mis deseos de un Feliz Año Nuevo. Que sea el 2010 otro año de victorias.



¡Feliz Año Nuevo!
¡Venceremos!

Fernando González Llort
F.D.C. Miami

 


Felicidades de Gerardo Hernández





A usted y a todas nuestras hermanas y hermanos del Comité Nacional para la Liberación de los Cinco Cubanos, les deseamos unas felices fiestas y un 2010 lleno de paz y éxitos. También les expresamos nuestros más profundos sentimientos de aprecio por su continua solidaridad y continuo apoyo. ¡Muchas Gracias Herman@s! Con amor, en nombre de los Cinco y de nuestras familias.


Gerardo Hernández Nordelo

¡Felicidades en el 51 Aniversario de la Revolución Cubana! 




Un mensaje y poema de Antonio Guerrero


Queridos amigos,


Con estos poemas deseo reiterarles que nosotros, los Cinco, nos sentimos profundamente conmovidos y agradecidos por la solidaridad permanente que ustedes nos brindan, lo que es tan crucial en esta larga batalla por la justicia.


Continuaremos, junto con ustedes, hasta la victoria final, la cual solo será alcanzada con el retorno de nosotros a la Patria. Saludos a todos nuestros amigos, con un gran abrazo fraternal de los Cinco. ¡FELIZ AÑO NEUVO 2010! Nuestros mejores deseos para todos. ¡VENCEREMOS!


Antonio Guerrero Rodríguez , 23 de diciembre de 2009, FDC Miami


¡Habrá más poesía!



¡Habrá más poesía!
Porque nuestra razón
Es ola gigantezca,
Es corcel volador;

Porque sobre los muros
Del tiempo y la prisión
Yo puedo contemplar
Como brota una flor;

Porque en la lejanía,
A solas, mi dolor
Se transforma en un ave
Trinando una canción;

Porque aún yo conservo
El perfume y color
De la breve mañana
De mi último adios;

Porque más que importarme
Lo que pueda hacer Dios,
A mi me tiene vivo
Lo que hagamos tú y yo;

Porque como un murmullo,
Cómo un volcán con voz
Se eleva, crece y arde
En mi la inspiración;

Porque sin libertad
Yo tengo algo mejor
Que agita las ideas
Del alma al corazón,

Que en la lidia de luz
Me hace ser vencedor;
Yo tengo lo que engendra
La armonía: ¡Tengo Amor!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Natal

"O Natal já foi ?", perguntou a voz sumida no fundo do antro de papelão molhado. O menino estacou surpreso, desconcertado. Apertou mais a mão do pai. "O Natal é uma merda bem cheirosa!", volveu a voz. O adulto fez tenção de acelerar o passo, temendo que o usual avolumar do vernáculo por aquelas bandas ferisse os tímpanos infantis.
Mas o menino nem se mexeu e quando, por fim, lobrigou os desgrenhados cabelos, a barba imensa, a tez escurecida, puxou o pai com o olhar suplicante. "Está ali um avô, pai e acho que tem fome". O adulto ainda argumentou o trivial, mas a crinça manteve-se impassível. "Aquele avô tem fome, papá, dá-lhe dinheiro para a comida".
Vencendo a custo o rio de mijo, agarrou a nota pela ponta e lançou-a para a mão suja. De seguida afastou-se com medo do contágio da pobreza, do cheiro imundo, da sarna social em que a artéria lisboeta se tornara. Entrou no Centro comercial a abarrotar de "Promoções a 70%" e o benuron das luzes, a magia da abundância, apagou-lhe qualquer resquício do que se passara.
Só o menino se mantinha cabisbaixo, absorto, estranhamente triste, distante. Ainda tentou resgatá-lo com o suborno de um gelado mas a recusa firme do infante demoveu-o rapidamente. "Está com a mosca,  mas isto passa-lhe", pensou satisfeito sem desgrudar o olhar da agência que promovia viagens fabulosas. Pudesse ver-se ao espelho e o reluzir do olhar com que antevia as paradisíacas praias, ofuscá-lo-ia.
Esqueceu o menino e deambulou pelo espaço comercial maquinalmente, arrastando a criança pela trela da mão pequenina, alheio a tudo.
No regresso, a mesma rua suja, o mesmo cheiro nauseabundo, o mesmo papelão encardido. Mas o adulto,  domado pela indiferença não viu nada. Nem sentiu a crescente agitação da criança. "Vês, pai, já foi comer..."
E foi então que acordou. Olhou o filho e não conseguiu recordar-se de o ver antes tão feliz. 
Lágrimas pesadas inundaram-lhe o rosto. Recuou 40 anos e viu-se pequenino, puxado pela mão áspera da mãe, as mesas dos restaurantes pejadas de gente com Natal e a voz angustiada, suplicando " Dê-me uma esmolinha, o meu filho tem fome". 
O eco tenebroso chicoteou-o até à exaustão: o "Tenha paciência!" da recusa associado, por vezes, a umas pernas de sapateira ou umas quantas gambas cozidas, mas sempre enxotados pelos ricaços até terminarem, mãe e filho num qualquer antro da cidade.
Definitivamente, o Natal ainda não foi.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Por que será?

As vítimas do processo Casa Pia e o seu incomensurável sofrimento, quando os crimes foram denunciados e apenas se falava do arguido Carlos Silvino, foram usadas pelo berloque de esquerda, sempre disponível para os holofotes mediáticos. Era o tempo do berloque se fingir solidário.

Contudo, a descoberta de novos arguidos e da rede pedófila cedo transformou os principais dirigentes do be, Louçã, Fernando Rosas e, sobretudo um invertebrado de nome Daniel Oliveira, nos melhores difamadores da investigação criminal e de quantos ousaram defender as vítimas.
A que se deverá tanto zelo? Em que factos se funda tanta raiva?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Exemplo de coragem


O palhaço

2009-12-14, Jornal de Notícias


O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. 
O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si.
O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. 
Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. 
O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha.
O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. 
O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. 
O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. 
E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria.
E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Contra os negreiros



Acabei de reler "A Cabana do Pai Tomás", de Harriet Beecher Stowe, impressionante denúncia da escravatura e deparei com um post num dos melhores blogues que conheço, o Cantigueiro, que traduz exactamente o que penso.

Grande parte dos nossos empresários, se pudesse, repunha o esclavagismo. Nada de liberdade para quem trabalha, vida própria nem pensar, salário apenas o estritamente necessário para sobreviver e sobretudo a cosificação dos trabalhadores.


A CIP, cujos membros gastam em amendoins o que um trabalhador médio não ganha, para sustentar a família em décadas de esforçado trabalho, acha que 25 euros de aumento no salário mínimo, é muito.


Por este exemplo, corriqueiro, também se vê a índole dos bichos... Pudessem eles e aos trabalhadores caberia pagar ao patronato a benção de lhes produzirem a riqueza. Como são um bando de gente de bem, não assumem a herança dos negreiros, mas por outras palavras e fingidas atitudes, não passam de esclavagistas modernaços, dispostos a tudo.


Tanta falência fraudulenta, tantos Mercedes e BMW, tanto subsídio a fundo perdido, tanto trabalho infantil, tantos trabalhadores sem direitos elementares, e os barões só pensam em condenar quem trabalha a uma existência pejada de miséria.


Agora, volta a fala gasta da necessidade de limitar salários. E quem isto defende - Constâncio, Catroga, Mira Amaral e afins - aufere salários milionários e é absolutamente responsável pelo estado de ruptura a que o país chegou.


Seria bom saber-se onde moram e como vivem estes nababos com pedras no lugar do coração: E por cada despedimento, por cada limitação salarial dos que nada têm, apreender-lhes o respectivo património, devassar-lhes as vidas sumptuosas que fruem à custa de tanto sangue do povo.  





segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Contra a máfia

O processo Casa Pia mostrou-me com clareza mediana a dimensão do polvo que asfixia Portugal. Na comunicação social, por exemplo, bandidos sem escrúpulos, devidamente travestidos de jornalistas e fazedores de opinião, são pagos princepescamente para que o poder tentacular mesmo que tocado jamais possa ser questionado.
Por isso, a sucessão imparável de escândalos e crimes, cometidos sempre pelos mesmos, não tem correspondência na acção da Justiça, ela própria de joelhos ante os poderosos. O princípio da separação de poderes, que de forma tonitruante tantas vezes é invocado como elemento essencial do designado Estado de Direito, não passa de uma encenação macabra.
Observa-se o país e o que se vê assusta. O ps domina tudo: o Tribunal Constitucional, o Tribunal de Contas; a   Polícia Judiciária; a Procuradoria-geral da República; o Banco de Portugal; as empresas públicas...
Juízes desempenham, frequentemente, funções executivas, na submissão de governos e governantes que jamais processão quando retornarem aos tribunais.
Perante o aumento e sofisticação da criminalidade, que hoje na sua expressão urbana mantém aprisionada a generalidade dos  que aí residem, uns mariolas decidiram que o importante era transformar os códigos Penal e Processual Penal em meros manuais de boas maneiras e receituário de ineficácia perante o desvalor da acção criminosa.
Não tardará que as populações, a exemplo do que sucedia ainda no século XIX, decidam criar milícias para patrulhar os bairros e que a Justiça privada adquira novamente relevância. Nessa altura, meninos de coro, sobretudo os queques-rosa, clamarão pelos princípios constitucionais que a maldita populaça não respeita.
Eles não sabem - nem podem saber porque vivem rodeados de segurança nos seus luxuosos condomínios  à prova de tudo - que a vida das pessoas simples é cada vez mais insuportável, de tão insegura.
É preciso romper com o políticamente correcto que nos faz apodrecer nas caves fétidas da sociedade enquanto os tiozinhos vivem como marajás. Os hospitais e as escolas públicas, estão cada vez mais iguais às suas congéneres do Terceiro-mundo. Não se pode sair à rua  sem pagar uma verdadeira fortuna em portagens. Para se ter uma casa, é preciso gastar o que se não ganha em décadas de trabalho. A verdade é que se não vê o retorno da elevada carga fiscal a que estamos sujeitos e num toque de especial cinismo, martelam-nos constatemente com a necessidade de cumprirmos com um outro princípio iníquo: o do utilizador-pagador.
A Banca nunca ganhou tanto dinheiro, sobretudo gerando miséria em seu redor. A Constituição diz que cada português tem direito a uma habitação condigna, mas a CGD esmifra milhares de famílias com taxas de juro e spreads elevadíssimos.
Por que razão não protesta o povo com mais veemência? Desde logo porque meio século de fascismo inoculou no povo o medo de reagir, ensinou-lhe que o respeitinho é muito bonito, sobretudo ante doutores e engenheiros, mesmo que o respectivo curso tenha sido obtido na farinha amparo. Mas sobretudo porque as consciências de aluguer zelam para que nada mude. A máfia portuguesa não precisa de matar. Basta-lhe o disparo de um editorial oportuno, e a defesa do silenciamento das vozes alternativas.
Os mesmíssimos escribas e comentadores que no processo Casa Pia trataram de destruir a investigação, andam atarefados a fazer da face oculta uma coisa banal, montada por invejosos apenas para causticar o génio empreendedor dos que tudo podem.
O que fazer? Não há alternativa à luta. Bem sei que nem sempre se ganha. Mas como diz um querido amigo, quem não luta perde sempre. E só reforça a canalha que nos desgoverna.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A farsa rosa

Assistir à farsa que os deputados do ps representam no parlamento é meio caminho andado para vomitar. Tanta preocupação fingida com a corrupção, tanta invocação de princípios constitucionais, tanta mentira repetida com ar cândido.

O exercício a fazer é simples: compare-se o que declararam, boçal e irresponsavelmente, Vieira da Silva e quejandos sobre o processo Casa Pia, com o que agora asseveram ser o processo "face oculta" e rapidamente se concluirá que são todos bons rapazes.


sábado, 28 de novembro de 2009

Face oculta revela a verdade



Souto Moura, um dos magistrados portugueses mais prestigiados e competentes, foi afastado de funções pelo putativo engenheiro sócrates e substituído por Pinto Monteiro. Apesar de já conhecer a motivação de tal mudança, o arquivamento das escutas a José Sócrates é bem revelador do pantanal que nos aprisiona.


Em Portugal, o Estado de Direito a que Sócrates e amigos almejam, só triunfará, quando, a  qualquer resquício de liberdade e independência, for dado combate determinado pelos boys que o ps vai sedimentando em lugares fundamentais. Que vergonha!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Telegrama

Revi  "O Padrinho", stop.

Entendi Sócrates, Vara; Gama; Júdice; Pinto Monteiro; Maçonaria; Pedroso; Soares; Jorge Sampaio; Rui Mateus; Fátima Felgueiras; Carlucci; Terrorismo; Camarate; Edite Estrela; Preto; stop.
Portugal necessita: bons actores, melhores sofistas, imaculados a granel,  escutas anuladas, pedófilos e mafiosos perdoados, formalismo castrador, stop.

Siga a marcha, que para mais não dá, stop.

Viva a presunção da inocência decretada pelos aventais. Stop.
Viva o formalismo processual e a verdade que se fere! Stop.

Viva o triunfo do lixo, na secretaria, sobre a substância ! Stop.

Viva o país onde fazer de conta dá milhões! stop.

Viva a fundação Soares e o pai da pátria! Stop.

Viva a face oculta de uma verdade por demais conhecida! Stop.

Vivam os democratas impolutos e os filhos da puta que se cuidem, porque a concorrência grassa! Stop.

Viva o rebanho que sai à rua "a horas certas", para eleger reiteradamente os que fazem do filme de Copolla uma pobre obra de ficção a quilómetros da realidade portuguesa. Stop.

Vivam os espertos que pontuam com frases certeiras a crítica inabalável aos bloguistas ensandecidos! stop.

Viva a marmelada entre o Pinto Monteiro e o Sócrates! Stop.

Vivam os que, bem comportados, determinaram o que significa freeport, licenciatura na farinha amparo; face oculta com o rabo de fora; putativo engenheiro; CGD; BCP; Mota Engil; Galp; Pina Moura;Jorge Coelho; sucateiros; Expo 98. Stop.


E eu cada vez com mais vontade de comprar uma metralhadora. Stop!



sábado, 7 de novembro de 2009

Os do costume

A operação face oculta já era. Nem tempestade, nem abalo. Apenas a tarefa periódica, um leve espernear tendente ao ócio futuro, um faz-de-conta com destino preciso: a presunção de inocência a reforçar o clima propiciador de outras faces tão ocultas quanto esta. O que é preciso é enganar a malta, fingir que se quer combater o que afinal é o cimento do sistema.
Por esta altura, nos labirintos pérfidos da república das bananas, as ratazanas movem-se, traficam influências, ameaçam-se recíprocamente. Invocam-se solidariedades passadas, crimes comuns, cozinhados antigos. Se me tocas, disparo, se investigas, mordo-te. Ai como deve rebolar de riso a fatinha de Felgueiras e quejandos. Os do avental já reuniram e teceram estratégias: a presunção de inocência é tudo, ou quase. Porque o resto, pá, o resto é uma cambada de invejosos.
Nas próximas semanas não faltarão entendidos a perorar sobre as maldades cometidas contra as almas puras, sucateiros ou banquei ros, com diploma da farinha Amparo, lavrado a preceito pela família.
E ainda há quem os leve a sério. O país está a saque, mas não se pode sequer o elementar gesto de revolta, nem o grito ingénuo: agarra que é ladrão!
Esta cambada não nasceu agora, perdeu o umbilical cordão nos idos de 74 e 75, quando para malhar nos comunistas e nos que desejavam um país novo e limpo, se recrutaram bandidos, pides, verdugos.
O Ramiro, por exemplo. Bombista exemplar, amnistiado por Mários Soares, mas que, enquanto perseguido pelo Estado português, chefiava a delegação da, então pública, Galp em Madrid.
Esse bombista, quem o nomeou?, vinha a Portugal as vezes que queria, sem que a polícia o incomodasse, porque os padrinhos velavam. Não sei se Soares o condecorou, como ao Ritto pedófilo, mas que vinha, vinha.
E como ele tantos. Porque a cumplicidade forjada nos anos da traição ao 25 de Abril, pode mais. Por onde anda o autor dos faxes pedindo cinco milhões de contos a Carlucci, para derrubar as resistências débeis, de dois autarcas conhecidos, à voracidade construtora da empresa que mafioso da CIA dirigia?
Portugal é um lodaçal: das inspecções automóveis aos exames de condução, do tráfico de mulheres e armas à violação de crianças; das facturas falsas ao roubo de milhões, tudo passará impune, porque a presunção de inocência dos poderosos vale tudo

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Desabafo

Mordeste o pão duro que deus amassou, mas não choraste a desdita como tantos. Perdeste filhos , pais e o passe social da carris e do metropolitano. Perdeste a novela das onze e um quarto, como ressalvas sempre a salivar.
Mas não esqueceste o telefonema dos “bjinhos” e dos “bigadas”, para os amigos com cédula e certidão de interesses. Lavas a boca com dystron ou com lixívia e comes ovos moles e risos descabidos. És uma farra, amigo e o teu avô jogava ao berlinde no rossio galando actrizes porno na ginjinha, porque a arte de fugir é um desafio que derrete mesmo a alma da madrinha.
Tanta coisa errada - não é meu asno? - tanta miséria e tu, um primor, vestes o paletó, dás dois peidos na escada e vais à vidinha a palitar os dentes de desprezo pelos pobres que afugentas do passeio.
A  tua dama a gastar-te o salário no casino, o teu clube falido, os pombos decrépitos fazem-te chorar - és um coração de manteiga, é o que é - mas esqueces a cara da avó a apodrecer no cadeirão coçado , o lar da ameixoeira grande, deserto de gente como tu, o cheiro a mijo, as fraldas com merda de semanas, coladas à parede como post-it acusadores.
A mesma velha que repele as tuas visitas semestrais, o teu ar de quem chegou com cara de quem não volta mais, o teu nojo colado à camisa em grossas gotas de suor. Ou será medo?
Tu ali, colado a ela, na ânsia da sopa que não chega, dos remédios que apressem a morte, a mesma janela, o mesmo rio parado, o mesmíssimo cheiro e os teus pombos que não dizem, que não grasnam, indiferentes aos latidos que protestas.
Tu ali esquecido, amnésico, com a âncora do cachucho dourado a colar-te ao cadeirão usado a majestade, a pedires para mijar às operárias que te ralham e simulam afazeres.
Não são tuas as lágrimas que te rasgam o focinho contrariado, não é teu o murmurar de sangue arrependido. Não há verniz que esconda o vilão que foste, não há poses que salvem o bandido.
Resta-te o deus que mesura por interesse as almas vis. De forma que ajoelhas, simulas estar ausente de pecado, entoas ladainhas mirando o altar onde também cerejeira e Salazar se prostraram – esses cabrões que tanto recomendas – e guinchas impropérios contra a culpa dos que não te entendem a bondade.
Perdoai-lhe, senhor!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Contra o nazismo, a determinação do povo soviético

Em 22 de Junho de 1941, a Alemanha nazi invadiu a URSS. Hitler estava convicto de que a destruição do imenso país seria rápida, mas para tristeza de Churchill e Roosevelt, que recusaram aliar-se a Moscovo para combater o nazismo, o heróico povo soviético resistiu e deu um contributo ímpar para a libertação da Europa.

Neste vídeo, filmado em 7 de Novembro de 1941, Stáline exorta à resistência e é impressionante verificar como passados tão poucos meses desde a monstruosa invasão, o líder soviético anuncia já a inevitávelderrota alemã.
Viva a URSS!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O canalha do Expresso

Chama-se Henrique Raposo e periodicamente ataca o PCP, acobertado no Expresso. Desta vez, porém, esmerou-se na mentira e decidiu injuriar Álvaro Cunhal, vomitando aqui a raiva que aprendeu da pide e dos fascistas que venera.

Decidi escrever-lhe ( henrique.raposo79@gmail.com ) e vou ficar à espera de resposta, porque gente desta tem que ser continuamente confrontada com os dejectos que produz:

"Li o seu artigo no Expresso, onde só os democratas do seu calibre, politicamente mentirosos , podem escrever os disparates que entendem, sem possibilidade de contraditório.
Já tinha percebido que não passa de um falaz anticomunista, mas tão repugnante não o imaginava. Por isso quero apenas dizer-lhe que tudo quanto escreveu sobre o PCP e Álvaro Cunhal é mentira e lanço-lhe um desafio: ou prova o que afirmou, difamando um grande patriota, ou assume que é um aldrabão, tão reles que nem sequer se deu ao trabalho de fundamentar a caca que produziu.
Que canalha!"

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Quem quer casar com José sócrates?

O povo português mal sobrevive. O desemprego e os despedimentos alastram, o custo de vida aumenta, a educação degrada-se, o acesso à Justiça é só para alguns. E josé sócrates, o putativo engenheiro, apenas vê como prioritário a consagração em lei dos casamentos homossexuais.

Mas que problema é este? As uniões de facto já contam com um tratamento legal que as equipara ao casamento. Se acaso for insuficiente, que se aprofunde até à igualdade, o regime de direitos e obrigações. Mas, num país onde as mulheres continuam a ser perseguidas nos empregos e a ganhar muito menos do que os homens para trabalho igual, que urgência dita esta prioridade socratina senão o politicamente correcto?   

Há quatro anos, quando foi eleito na sequência do golpe de Estado constitucional de Jorge Sampaio, desferido, cada vez tenho menos dúvidas, para que o processo Casa Pia não pudesse decorrer com normalidade, Sócrates fez do ataque aos farmacêuticos a sua causa fundamental. Agora, virou o azimute, seguramente estimulado pelas contas que asseguram existir em Portugal 10% de homossexuais.

Este fulano é um oportunista encartado.  

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Um abraço solidário à Rita Rato

Rita Rato é uma jovem deputada comunista. Na sequência de uma armadilhada entrevista ao Correio da Manhã - jornal que a exemplo dos gémeos do sistema, censura sem vergonha o PCP - está a ser vítima de uma campanha repugnante por parte dos canalhas habituais.
Desde apoiantes de pedófilos conhecidos a traidores e cobardolas encartados, todos querem, como guincham em coro abichanado, "esmiuçar" a referida entrevista, atacando a jovem e corajosa deputada.
Rita, eles não sabem nada do teu profundo humanismo, da tua coragem, da tua dedicação ao povo a que pertences. Quando te atacam - e o movimento miserável nasceu nos queques-rosa do ps e do be - o que pretendem é investir, redicularizando-te - contra o PCP.
Que ladrem e vociferem. Tu és, de facto, de outras coisas. Pertences à vida que se cumpre no combate diário, solidário. Que os répteis te detestem, é inevitável. Choca-os a serenidade e firmeza da tua condição revolucionária. Um pouco por todo o mundo, de Eduardo Galeano a Óscar Niemeyer, de Fidel Castro a Gabriel Garcia Márquez, a tua visão do mundo e a luta contra o politicamente correcto está a marcar posições, a quebrar a fortaleza que julgavam inexpugnável do pensamento único.
Deixo-te um abraço solidário, feliz e honrado por te saber cúmplice no ideal emancipador da humanidade.
A luta continua! 

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Capitalismo é isto



O fulano da foto é o rosto do capitalismo português. Presidente da CIP, vive ainda no tempo em que os patrões afixavam à porta das empresas o cartaz que interditava a entrada a quaisquer direitos dos trabalhadores.

De forma monstruosa e na sequência de dislates anteriores, veio agora sugerir que se não aumente a miséria de salário mínimo existente em Portugal, durante um ano.

Ele que seguramente gasta esse montante em duas ou três refeições, ele que ganha milhões explorando seres humanos sem direitos, acha que os devemos condenar ao agravamento da miséria, para que se não questione as nossas exportações.

Pudesse ele, pudessem os vanzeleres deste país, e comeríamos apenas o estritamente necessário a produzir de sol a sol a riqueza que, avarento, lhe permite a crueldade.

Mas não se julgue que esta manifestação repugnante de desumanidade é obra sua e surge por acaso. É que no dia em que a Assembleia da República abriu, o PCP, fiel como sempre aos compromissos eleitorais e à classe que representa, apresentou várias iniciativas legislativas para favorecer os trabalhadores.

Sócrates, que este marmanjo ama profundamente, pode assim descansar e, elogiando a necessidade de diálogo, recusar a justiça de aceitar as iniciativas comunistas. Ou não fosse ele o dilecto representante da cip e quejandos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

El nombre encontrado

En la sierra mexicana de Nayarit había una comunidad que no tenía nombre. Desde hacía siglos andaba buscando nombre esa comunidad de indios huicholes. Carlos González lo encontró, por pura casualidad.

Este indio huichol había venido a la ciudad de Tepic para comprar semillas y visitar parientes. Al atravesar un basural, recogió un libro tirado entre los desperdicios. Hacía años que Carlos había aprendido a leer la lengua de Castilla, y mal que bien podía. Sentado a la sombra de un alero, empezó a descifrar páginas.

El libro hablaba de un país de nombre raro, que Carlos no sabía ubicar pero que debía estar bien lejos de México, y contaba una historia de hace pocos años. En el camino de regreso, caminando sierra arriba, Carlos siguió leyendo. No podia desprenderse de esta historia de horror y de bravura. El personaje central del libro era un hombre que había sabido cumplir su palabra.

Al llegar a la aldea, Carlos anunció, eufórico: - Por fin tenemos nombre! Y leyó el libro, en voz alta, para todos. La tropezada lectura le ocupó casi una semana. Después, las ciento cincuenta familias votaron. Todas por sí. Con bailares y cantares se selló el bautizo.

Ahora tienen cómo llamarse. Esta comunidad lleva el nombre de un hombre digno, que no dudé a la hora de elegir entre la traición y la muerte.-Voy para Salvador Allende dicen, ahora, los caminantes.


Eduardo Galeano

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A reescrita da História e os falsários

O tempo em que vivemos caracteriza-se por um ataque feroz, dos que tudo possuem, aos povos de todo o mundo. Um dos objectivos que essa investida procura é a submissão ideológica dos oprimidos à lábia destruidora dos opressores, mestres na reescrita da História.


Como comunista, observo com nojo as mentiras que escroques e bandidos do pior quilate vomitam sobre gerações sucessivas de revolucionários, alvo preferencial das maiores atrocidades. E tudo por persistirem na luta contra o capitalismo, na luta pelo comunismo.


Considero que, ante esses crimes reiterados, temos o indeclinável dever de ripostar com a força indestrutível da verdade. O que exige de nós uma atenção permanente à mentira e um esforço permanente de reposição da realidade.


Bem sei que os meios de que dispomos são, incomensuravelmente, mais pequenos. Mas se todos persistirmos nessa tarefa, os falsários não vencerão.


Apenas dois exemplos: 

  • sobre o tratado germano-soviético: existem provas concludentes da inevitabilidade com que a URSS se viu obrigada a subscrevê-lo, como forma de ganhar tempo e prepar uma melhor resposta à futura agressão nazi, ante a cobarde e criminosa inacção da Inglaterra, França e Polónia, cujos dirigentes esperavam que Hitler derrotasse os bolcheviques. Apesar disso,os descendentes políticos dos que tudo fizeram para agradar ao nazismo, persistem na calúnia contra o país dos sovietes.
  • sobre o massacre de Katyn: aquando da invasão nazi da URSS, em 22 de Junho de 1941, os soviéticos foram forçados a abandonar a parte da polónia que ocuparam como forma de afastar os nazis das suas fronteiras. Estes chacinaram milhares de militares polacos e decidiram, numa monstruosa operação de propaganda anticomunista, atribuir tal chacina aos heróicos combatentes do exército vermelho. Apesar das provas existentes - os cadáveres foram baleados com as munições alemãs e a data da morte é posterior à retirada soviética - dementes anticomunistas preferem hoje aceitar como verdadeira a versão de Joseph Goebbels, o ministro da propaganda de adolf Hitler.
.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A luta continua!


Lénine 1913,
As três fontes e as três partes constitutivas do Marxismo 




 

criar PDF
versão para impressão
enviar por e-mail


"A doutrina de Marx suscita em todo o mundo civilizado a maior hostilidade e o maior ódio de toda a ciência burguesa (tanto a oficial como a liberal), que vê no marxismo uma espécie de "seita perniciosa". E não se pode esperar outra atitude, pois, numa sociedade baseada na luta de classes não pode haver ciência social "imparcial". De uma forma ou de outra, toda a ciência oficial e liberal defende a escravidão assalariada, enquanto o marxismo declarou uma guerra implacável a essa escravidão. Esperar que a ciência fosse imparcial numa sociedade de escravidão assalariada seria uma ingenuidade tão pueril como esperar que os fabricantes sejam imparciais quanto à questão da conveniência de aumentar os salários dos operários diminuindo os lucros do capital." 

Lénine 

É preciso não ter vergonha...

Segundo o JORNAL DO BLOCO DE ESQUERDA, "ESQUERDA.NET", "O BLOCO FOI A OPOSIÇÃO MAIS FORTE À POLÍTICA DE SÓCRATES".


Em quê? No plágio das iniciativas legislativas do PCP? Na presença frente às câmaras de vídeo, objectivas e microfones, em bicos de pés para usufruirem da luta que os comunistas travaram? No conluio , com o PS, para destruirem o Processo Casa Pia? No abandono das vítimas dos pedófilos? Na invenção da teoria da cabala? No apoio que um seu destacado dirigente forneceu à exploração na Autoeuropa?
Na mentira e demagogia que usam para atacar o PCP no site que possuem? Na exigência do casamento homossexual? Na destruição do Código de Processo Penal? No verbalismo inflamado e inconsequente?
Na postura angelical e politicamente correcta com que omitem o seu oportunismo político, sempre disposto a apoiar o que está a dar no momento?
No favorecimento que tiveram em todos os órgãos de comunicação social? Na luta contra as touradas? Na defesa da liberalização do consumo de drogas?


Que falta de vergonha!

domingo, 4 de outubro de 2009

Por que será?


Por que será que o anticomunismo é sempre antidemocrático, criminoso, trauliteiro, boçal, mentiroso, cobarde, soez, independentemente do local em que se manifesta?

sábado, 3 de outubro de 2009

Para memória futura!



"Casa Pia: Pedroso volta a perder para Pedro Namora"

Tribunal da Relação confirmou absolvição do ex-casapiano por dois crimes de difamação agravados imputados pelo deputado do PS 

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) confirmou esta quinta-feira a absolvição do antigo aluno casapiano Pedro Namora de dois crimes de difamação agravados imputados numa acção do deputado socialista Paulo Pedroso, ex-arguido do processo Casa Pia.

O acordão do TRL, a que a agência Lusa teve acesso, nega provimento ao recurso interposto por Paulo Pedroso contra a decisão da 1ª instância do 1º Juízo Criminal de Lisboa, proferida a 17 de Dezembro de 2007, de «rejeitar totalmente a acusação particular deduzida» pelo antigo porta-voz do PS. 

«Nenhum juiz disse que Pedroso era inocente»
Pedroso perde recurso e vai pagar 2500 euros a bloguer

 
Em causa estavam declarações prestadas por Pedro Namora como testemunha no julgamento do processo de pedofilia da Casa Pia e também ao jornal «Correio da Manhã», quando comentou declarações feitas na altura pelo ex-Presidente da República Mário Soares, que afirmou que «toda a investigação do processo (Casa Pia) foi mal conduzida». 

Citando um despacho do Ministério Público (MP) nos autos, o acórdão lembra que, quando prestou depoimento em julgamento, Pedro Namora alegou ter sofrido «ameaças, perseguições e tentativas de difamação» pela sua intervenção a favor das vítimas de abusos sexuais na Casa Pia de Lisboa, referindo que «os maiores ataques que sofreu pertenceram ao arguido Carlos Cruz (apresentador de televisão) e ao ex-arguido Paulo Pedroso».

«Ponha-se a pau»
É ainda recordado que Namora afirmou ter sido avisado por uma jornalista para «se pôr a pau» quando Paulo Pedroso foi incluído no processo, lendo-se ainda no despacho que «foram estas as únicas referências e o contexto em que foi referido Paulo Pedroso».

Quanto à entrevista ao «Correio da Manhã» em que comentou as opiniões de Mário Soares, Pedro Namora alegou que «houve movimentação por parte do PS para evitar o envolvimento de Paulo Pedroso» no processo Casa Pia.

No recurso interposto para o TRL, Paulo Pedroso funda a sua pretensão no facto de ter sido despronunciado (decisão do Tribunal de Instrução Criminal de não o levar a julgamento e confirmada pela Relação), entendendo que a partir daí se deve presumir inocente, alegando que tal não foi respeitado quando foi recusada a sua acção contra Pedro Namora.

«Ameaças e difamações»

A Relação veio dizer agora que, ao depor em julgamento, Namora não se referiu à culpabilidade de Paulo Pedroso, mas apenas «ao facto de ter recebido ameaças e difamações», após Paulo Pedroso ter sido constituído arguido e ficado em prisão preventiva, não lhas imputando «directa ou indirectamente».

O acórdão do TRL agora proferido sublinha ainda que o despacho de não pronúncia de Paulo Pedroso foi mantido na Relação «não por se ter logrado demonstrar que o mesmo estava inocente, o que não se demonstrou, mas sim por não se ter logrado obter indícios suficientes que o mesmo era responsável pela prática dos actos que lhe foram imputados», ou seja «não têm o valor de declaração de absoluta inocentação» deste.

Relativamente às declarações feitas por Namora ao «Correio da Manhã», o acórdão da Relação sustenta que foram feitas «num contexto de exercício de liberdade de expressão e de opinião».



Contra o fascismo!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O nome não diz tudo

Segundo a Imprensa:


O presidente da Venezuela uniu-se "ao júbilo" dos socialistas portugueses pela vitória nas eleições legislativas deste domingo e considerou que "o socialismo é o caminho". 

Será que não existe por aí uma alma caridosa que explique a Hugo Chávez o logro da designação socialista aplicada ao ps português? 

E a autoridade da concorrência não pode intervir num caso manifesto de publicidade enganosa, obrigando os do Largo do Rato a mudar a designação, por exemplo para PTS - partido da traição ao socialismo?

 

domingo, 27 de setembro de 2009

A luta continua!

Escrevo antes do encerramento das urnas para referir o óbvio: este é mais um acto eleitoral profundamente antidemocrático. Desde logo, pela disparidade dos meios ao dispor das forças políticas em confronto. Quer o ps quer o psd contam com o apoio interessado das grandes empresas e, sobretudo no caso do primeiro, com o aparelho de Estado, minado por boys dispostos a tudo para não perderem as mordomias de que usufruem.

Acresce que no caso da CDU, lhe foi vedada a possibilidade de difundir as suas propostas na comunicação social e os seus militantes continuam a ser perseguidos nos locais onde desenvolvem a sua actividade.

Por outro lado, a comunicação social dominante, ao serviço dos que a adquiriram, deturpa as propostas comunistas, tudo fazendo para criar da CDU a imagem do papão que urge evitar.

Apesar de tudo, confio que a luta travada por milhares de activistas contribuiu decisivamente, pelo menos, para impedir a erosão eleitoral em que apostam os coveiros do comunismo. E desta forma, reforçar a confiança dos homens e mulheres que lutam para tornar melhor a vida dos que sofrem a ofensiva neoliberal.

Independentemente dos resultados eleitorais, anima-me o saber antecipadamente qual será o núcleo essencial da mensagem de Jerónimo de Sousa: amanhã a luta continua! Porque não há farsa eleitoral que nos faça baixar os braços.

Viva a CDU!
Viva o Partido Comunista Português!

sábado, 26 de setembro de 2009

Aos meus filhos


No domingo vou votar na CDU. Simbolicamente vou pedir à Rita que, do alto dos seus seis anos, preencha o boletim. Bem sei que qualquer um de vós o poderia fazer, porque apesar da vossa tenra idade, partilhamos já a mesma paixão pela rubra bandeira e pela gente honrada que faz da CDU a única força política em que se pode confiar.

Se todas as crianças de Portugal pudessem ter tido o tesouro de privar com o avô Cácá, o futuro político deste país seria bem mais risonho. Ele transmitiu-vos, pelo exemplo, princípios que, infelizmente, a maioria dos adultos não possui.

O vosso avô foi sempre um comunista exemplar. Começou a trabalhar ainda menino, nos duros campos do Alentejo, espaço onde, anos depois, o Francisco de "O caminho das Aves" - ainda te lembras, Ricardo? - daria início à epopeia da amizade e luta contra o fascismo.

Apesar da dura infância e adolescência, de ter sido ferido na guerra da Índia, de ter lutado durante o fascismo para criar a mamã e o tio, o vosso avô foi a pessoa mais bondosa, solidária e honesta que conheci.

Nele o ser comunista condizia na plenitude com a vida que vivia. Amava o PCP e podendo ser duro nas críticas que formulava, nunca o vi falar nas costas fosse de quem fosse. O avô só tinha a instrução primária - durante o fascismo os meninos, impelidos pela fome e pela miséria, tinham que começar a trabalhar desde pequeninos - mas como operário possuía consciência de classe e determinação suficiente para não cair no conto do vigário da direita ou da esquerda travestida.

No dia 26 de Abril de 1974, o avô começou por entrar numa casa onde funcionava o ps, então dirigido por um homem, Mário Soares, que muito mal fez a Portugal e aos portugueses. Rapidamente entendeu que aquela não era a sua gente, como tantas vezes me contou. Foi depois a um centro de trabalho do PCP e desde então, com muitos outros camaradas, lutou durante mais de três décadas para tornar melhor este país.

Sem o seu trabalho e dedicação, sem os milhares de comunistas como ele, este país seria hoje uma selva muito pior. Tudo quanto as crianças possuem, desde as escolas aos brinquedos, resulta da luta que o avô travou de forma abnegada e corajosa.

Por isso, também por isso, vou votar na CDU. E quando a vossa irmã assinalar no boletim de voto a cruz da nossa esperança, estou certo de que o avô, na estrela onde mora agora, sorrirá feliz e confiante de que valeu a pena lutar.


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

COM TODA A CONFIANÇA!

A perseguição ao Juiz RUI TEIXEIRA



Este Conselho Superior da Magistratura (CSM), não tem legitimidade para avaliar o trabalho do magistrado Rui Teixeira e muito menos para fazer depender essa avaliação da resolução do processo em que paulo pedroso exige uma indemnização ao Estado Português por, alegadamente, ter estado preso de forma indevida
.

É que quando o magistrado podia ter explicado por que razão ordenou a prisão do tal fulano, o CSM amordaçou-o, como noticiou o Correio da Manhã em 31 de Janeiro de 2008


Juiz impedido de falar

O juiz da fase de inquérito do processo Casa Pia não vai poder explicar ao tribunal que julga a acção cível de Paulo Pedroso contra o Estado o que o levou a deter o ex-deputado.

Em causa está o facto de o Conselho Superior da Magistratura (CSM) ter deliberado que neste caso se mantém o dever de reserva do magistrado, o que o impede de falar sobre processos em que teve intervenção.

“O CSM entendeu que não há razões para deixar de se cumprir o que está previsto no artigo 12.º do Estatuto dos Magistrados Judiciais sobre o dever de reserva”, confirmou ao CM a juíza-secretária do órgão de gestão e disciplina dos juízes, Maria João Faro, explicando que a decisão foi tomada este mês, em plenário e por unanimidade, após Rui Teixeira ter comunicado ao CSM que estava notificado para depor como testemunha do Estado contra Pedroso. O juiz, que já foi punido disciplinarmente com uma advertência não registada por ter falado publicamente sobre o processo de pedofilia, pretendia saber com que amplitude podia responder às questões que lhe fossem colocadas no tribunal.


Face a esta decisão, o CM apurou que o Ministério Público, que defende a posição do Estado, vai prescindir da audição do magistrado. A posição do CSM, porém, divide magistrados. Uma fonte judicial contactada pelo CM entende que “é no processo que o juiz tem de justificar as suas decisões”, razão pela qual este é um dos casos em que se impõe o dever de reserva. No entanto, outro magistrado disse ao nosso jornal que, face às particularidades deste processo, em que é exigida uma indemnização de 800 mil euros por erro grosseiro na apreciação dos pressupostos da prisão preventiva – estando em causa o juiz que a determinou – “não se entende a decisão do CSM”.


Com esta deliberação do CSM, o Ministério Público, representado no processo pela procuradora Manuela Galego, perde uma das principais testemunhas. No âmbito dos magistrados que estiveram ligados à investigação do caso de pedofilia da Casa Pia, resta agora à defesa do Estado o depoimento da procuradora Paula Soares, como representante da equipa de magistrados do Ministério Público que investigou o escândalo de pedofilia.


Recorde-se que Paulo Pedroso esteve preso cinco meses no ano de 2003, sendo acusado de crimes sexuais, mas acabou por não ser levado a julgamento e pede agora uma indemnização de 800 mil euros ao Estado.


PROCESSO EM SEGREDO

A juíza Amélia Puna Loupo decidiu fechar as portas do julgamento de Paulo Pedroso contra o Estado, apesar de nenhuma das partes o ter solicitado. O CM e outros órgãos de Comunicação Social já requereram que a exclusão de publicidade seja revogada – alegando, entre outras coisas, que o próprio julgamento do caso de pedofilia decorre à porta aberta –, mas até ao momento ainda não houve decisão, uma vez que as partes foram chamadas a pronunciar-se.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Pinochet das Honduras

Como no Chile, em 1973, o fascista Micheletti decidiu prender num estádio cerca de 300 hondurenhos - por enquanto - que cometeram o "crime" de exigir nas ruas a reposição da ordem constitucional e o regresso do Presidente Manuel Zelaya ao cargo para que foi eleito.

São inúmeros os mortos, feridos e desaparecidos. Pode a nossa campanha eleitoral passar ao lado destes criminosos acontecimentos?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Honduras, vencerá!


Sigo, através da Telesur - porque as televisões do sistema preferem ignorar o gesto heróico - o regresso de Manuel Zelaya, presidente eleito das Honduras, à sua pátria. O povo hondurenho saiu imediatamente às ruas para apoiar Zelaya, não obstante o recolher obrigatório decretado pelo governo fascista.
A luta continua!

domingo, 20 de setembro de 2009

Dando o nome ao boi: canalha!

O néscio cuja foto se publica, chama-se Paulo Nogueira, afirma-se crítico de Televisão e decidiu escrever hoje uma crónica no CM, onde, a propósito de Jerónimo de Sousa, vomitou o que aqui se reproduz, com nojo, mas para que conste de que espécie de dejectos é feito, também, o universo da comunicação social:

"Todos os líderes do PCP são iguais, e nenhum é mais igual do que o outro. Como Cunhal, e depois Carvalhas, ele liga a cassete em piloto automático: é sempre uma argumentação enumerativa e choramingas: "O desemprego, os idosos, os banqueiros, o imperialismo, o grande capital, etc." E, dando o nome aos bois: um líder comunista tem tanto direito em gabar a democracia como um nazi."

sábado, 19 de setembro de 2009

A HORDA NÃO PERDOA

A carreira do juiz Rui Teixeira está a ser prejudicada por ter sido o juiz de instrução do processo Casa Pia. Todos os magistrados judiciais são avaliados de 4 em 4 anos. Mas a última avaliação de Rui Teixeira foi feita em 2001. Desde então o magistrado voltou a ser inspeccionado com classificação de muito bom mas três conselheiros do Conselho Superior da Magistratura, nomeados pelo Partido Socialista, não concordam com a nota que lhe foi atribuída.

A última nota de Rui Teixeira é de 2001: um “Bom com distinção”.

A nova inspecção só acabou agora – e, já apanhou os anos do dossiê Casa Pia. Abrangeu quase metade dos 17 anos de carreira do juiz. Rui Teixeira obteve a classificação de “Muito Bom” mas quando a nota chegou à reunião do Conselho Superior da Magistratura, três vogais indicados pelo Partido Socialista, não aceitaram a classificação. Para eles há um processo mais importante do que todos.

Carlos Ferreira de Almeida, Rui Patrício e Alexandra Leitão, a vogal que é também consultora na Presidência do Conselho de Ministros, alegaram que o processo Casa Pia teve grande impacto na opinião pública, que as pessoas envolvidas deram muita notoriedade ao caso – e, que, por isso, Rui Teixeira merecia um tratamento especial.

Ainda bem que não há pena de morte em Portugal.

Para memória futura!

O PS E AS CONSCIÊNCIAS DE ALUGUER

Um dos temas que mais tem agitado a servil comunicação social do burgo, é a candidatura , nas listas do PSD, de Helena Lopes da Costa e antónio Preto. O argumento é simples: são arguidos, logo não deveriam ser candidatos.
Por onde andaram estes anjinhos quando, em 2005, Paulo Pedroso, então arguido e acusado de ter abusado sexualmente de menores, foi candidato do PS às legislativas?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Está o baile montado



A táctica dos que atacam a CDU e o PCP é velha de séculos e foi criada pelos anticomunistas de forma primária mas eficaz. Um dos traços fundamentais dessa ofensiva passa por criticar não o que os comunistas defendem ou fazem, mas antes aquilo que falsamente lhes atribuem. Na actualidade, os argumentos têm a mesma substância, mesmo quando com roupagem nova.
Qualquer observador atento verificará que nem um dos sofistas de serviço se demora na análise e crítica das propostas eleitorais dos comunistas. Todos carregam na tecla do anticomunismo serôdio e muitas vezes repetem, com trejeitos e esgares salazarentos, acusações que 48 anos de fascismo consolidaram.
Valha a verdade dizer que já não afirmam que os comunistas comem criancinhas ou dão injecções atrás da orelha a idosos incautos. Mas persistem na patranha da ditadura e outras mentirolas, atribuindo aos comunistas o oposto do que defendem.
Nesta campanha insidiosa, destaca-se o BE e, sobretudo, o embusteiro político diplomado, com lugar cativo num programa abjecto que bem poderia chamar-se O Eixo da Merda, de seu nome Daniel Oliveira.
Pois o falsário de factos políticos descobriu agora a pólvora e numa crónica taurina carregada de ódio ao vermelho honrado com que os comunistas construiram a sua História, decretou que o mal do PCP é a inexistência de qualidade nos deputados e militantes que possui. Primário, mas eloquente: és do BE, és bom. Comunista é - ele não o disse, mas há-de ter pensado - tal qual as minorias, burro.
Já conhecíamos de Hitler as teorias criminosas que defendeu. Ficámos agora a saber que a tese da raça ariana não é exclusivo seu. E anda o anjinho do Louçã a garantir, a quanto obriga a caça ao voto, que os bes não atacam o PCP