Do fundo do coração, digo-vos: os tempos são muito difíceis, abunda o sofrimento, o desencanto, a miséria. Mas sinto um orgulho progundo. Neste Portugal seviciado, primeiro por socialistas de cabaré como esse burlão chamado sócrates e agora por fascistas travestidos de democratas, alegra-me e anima-me a coerência, a coragem, a honradez e inteligência de um colectivo imenso, de homens , mulheres e jovens que marcham unidos pelo mesmo ideal libertador, pela mesma rubra bandeira e sob a mesma sigla inspiradora e referente: o PCP!
Criado em 1921, a 6 de Março, o PCP tem uma história heróica de luta contra o fascismo que o torna único no panorama mundial. Podem difamá-lo, prender-lhe ou assassinar-lhe os militantes, a tudo resiste e por tudo se reforça. Os que não o conhecem pasmam, não entendem como pode reforçar-se tamanha convicção num colectivo que, em tantas outras paragens simplesmente desapareceu. Esses não sabem o essencial: o PCP é seiva popular, é de facto o único partido genuinamente português.
Hoje, todos falam do abismo em que nos colocaram, mas só a análise lúcida e corajosa efectuada pelo colectivo dos comunistas portugueses predisse esta desgraça. Então, os mesmos vigaristas que hoje nos massacram, apelidaram os comunistas de catastrofistas. E afinal, de todas as análises, a do PCP era a única correcta. Por isso, quero agradecer aos comunistas pelo exemplo de coragem, verdade, seriedade e competência. E garantir-lhes que para mim os partidos não são todos iguais: há o PCP e os outros. E estes, sendo mais, são uma e a mesma coisa.