quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Condenado pedófilo Pedro Inverno


O acórdão do processo de pedofilia conhecido por "Caso Parque", foi hoje proferido no Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa. O pedófilo Pedro Inverno, (à esquerda na foto), considerado culpado de 53 crimes de natureza sexual, de que foram vítimas nove crianças com idades compreendidas entre os 13 e 16 anos, foi condenado a 19 anos de prisão. O pedófilo António Nogueira foi condenado a oito anos.
Inverno é o principal dos 11 arguidos do chamado ‘Processo do Parque’, que envolve, entre outros, Pedro Bustorff , Messing Ribeiro - cirurgião do Hospital Curry Cabral - e José Filipe Silva, condenados a três anos de prisão efectiva.
Ao que consta, todos os pedófilos agora condenados acalentam o mesmíssimo desejo: que os recursos que vão interpor desaguem no território favorável da 3.ª Secção do Tribunal da Relação de Lisboa. Por que será?
O Correio da Manhã elucida-nos: "ANTÓNIO SANCHES: RELAÇÃO REDUZ PENA"

"O Tribunal da Relação de Lisboa reduziu de nove para sete anos e meio de prisão a pena do ex-funcionário da Casa Pia, António Sanches, condenado em Maio passado no Tribunal da Boa-Hora por um crime de abuso sexual de crianças e dois de violação sobre dois menores. A decisão dos desembargadores da 3.ª secção da Relação – Telo Lucas (relator), Rodrigues Simão e Carlos Sousa – foi votada por unanimidade. O colectivo de juízes, que também já havia determinado a redução em dois anos da pena de João Beselga – ex-professor condenado em processo autónomo por abusar de um menor deficiente – decidiu ainda diminuir de 75 para 50 mil euros a indemnização a uma das vítimas."

domingo, 19 de fevereiro de 2006

Almas cinzentas


A propósito das decisões dos senhores juízes da terceira secção do Tribunal da Relação de Lisboa, mas também do comportamento inqualificável de outro juíz desembargador, de seu nome Eurico Reis, que não tem cessado de se pronunciar contra as vítimas dos abusadores sexuais, muitos amigos ficam incrédulos e incapazes de entender o que se está a passar.

Philippe Claudel, no seu belíssimo romance Almas Cinzentas, Edições ASA, explica, de forma certeira, o posicionamento de tais personagens:

“… faziam parte da mesma classe social, a dos bem-nascidos, criados em berço de ouro, das viaturas motorizadas, dos lambris e das baixelas. Para lá dos factos e das simpatias, mais alto do que as leis ditadas pelos homens, está esta conivência e esta troca de galhardetes: “Não te metas comigo que eu pagar-te-ei na mesma moeda.” Quem pensar que um dos seus pode ser um assassino, está a admitir que ele próprio o pode ser. É confessar perante toda a gente que aqueles que falam com trejeitos de boca e nos olham do alto, como se fôssemos excrementos de galinha, que têm uma alma torpe como os outros homens, são de facto como todos os homens. E isso talvez seja o fim do mundo, o fim do seu mundo. É portanto insuportável.”

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

A propósito de opas e privatizações



“ O moderno poder de Estado é apenas uma comissão que administra os negócios comunitários de toda a classe burguesa. ”

Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto do Partido Comunista, Direitos de tradução em língua portuguesa reservados porEditorial «Avante!», Lisboa, 1997

sábado, 11 de fevereiro de 2006

A LUTA CONTINUA!

Camarada Lénine,
os que decretaram o fim inevitável do Comunismo, coveiros despeitados por falta de trabalho, andam de novo assustados. Por todo o lado ressurgem, reforçados, partidos e movimentos que reivindicam um mundo novo, lutando com firme apoio no legado que Marx e tu nos deixaram. A luta hoje deve ser, é seguramente, mais difícil do que no teu tempo pudeste prever. Igual, contudo, é a natureza predatória do capitalismo, cada vez mais selvagem na busca do lucro a qualquer custo. E idêntica há-de ser a nossa determinação para o combate.
Sabes camarada, temos muito orgulho na honrada bandeira rubra por que lutaram sucessivas gerações de comunistas e nos princípios que estruturam o Partido de novo tipo, instrumento que o capital não cessa de tentar destruir.
Agora, pela milésima vez na história, uns bandalhos querem incutir na opinião pública a ideia de que ser comunista é ser criminoso. Ignaros, julgam-se originais e não fazem senão o papel de imitadores rascas: desde, pelos menos, a revolta de Espártaco, que sobre os que ousam lutar são bolsadas as mais escabrosas mentiras. E depois?
A luta continua! Cada vez com mais determinação, porque não nos revemos nesta civilização de barbárie. Continuaremos a lutar com a mesma necessidade e naturalidade com que respiramos. Porque não podemos fazer outra coisa.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Viva a Venezuela soberana!

Hugo Chavez expulsou da Venezuela um espião norte-americano. Logo o império, habituado à subserviência dos ocidentais sequazes, vociferou, considerando ser Chavez parecido com Hitler. É o que sucede sempre que Bush reage olhando-se ao espelho.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Contra as vítimas, sempre os mesmos

Transcrevo do blogue de António Balbino Caldeira, a quem os pais e crianças deste país muito devem:

"Real, virtual e absurdo
Enquanto pela Europa fora se pune a pedofilia virtual, por aqui desculpa-se a pedofilia... real!João Beselga, professor de... Moral da Casa Pia, condenado pelo tribunal de 1.ª instância por abuso sexual de um deficiente mental de 14 anos, viu a sua pena comutada em um terço e a indemnização da vítima reduzida a metade, por decisão dos inesquecíveis juízes desembargadores Rodrigues Simão, Carlos Sousa e Telo Lucas, da 3.ª Secção do Tribunal da Relação de Lisboa. Segundo o Correio da Manhã, o argumento dos juízes foi o seguinte: "não ter ficado provado que João Beselga tenha sido a única, ou a primeira pessoa, a abusar da vítima"... O corajoso advogado da Casa Pia Miguel Matias comentou a este propósito que o chocava que "a repetição de um abusos sexual faça diminuir o valor do dano". Saliente-se que, ainda por cima, a vítima é deficiente mental.O inesquecível juiz desembargador Carlos Rodrigues de Almeida, da mesma secção do Tribunal da Relação de Lisboa, já tinha assumido uma posição polémica no recurso deste caso quando pôs em causa o testemunho de uma vítima de João Beselga.(...)"