quarta-feira, 29 de abril de 2009
Palavra de deputado faz fé!...
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Vinicius de Moraes
Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com que contar
São casas simples, com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda, flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
É gente humilde, que vontade de chorar
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Contra Maria das Dores Meira, pela Liberdade!
terça-feira, 21 de abril de 2009
Solidão
Percebeu-se rodeado de espelhos, superfícies onde vogavam rostos disformes, mesmo quando belos. Os mesmos grunhidos, as mesmas unhas decalcadas por calistas suburbanas, os mesmos modos. Saiu de casa sem se despedir das dezenas de pessoas que lhe lotavam a casa. Acenou ao cão na cumplicidade da fuga, vestiu o casacão de lã que a mãe lhe moldara ao corpo anos antes e de sapatos na mão fez-lhes o imenso manguito do desprezo.
Já na rua, recordou Ary, e sentiu-se um homem só, na cidade. Se pudesse, em cada aniversário bastar-lhe-ia a companhia dos filhos, a foto da mãe e o cheiro da sua Lisboa desaparecida. Amália, também, porque a sua voz era o bálsamo onde poderia banhar-se e redescobrir a infância. A mão dele, indefesa, na mão calejada da mãe e os tantos passeios pelas ruelas da cidade, pejada de fados.
Agora, podia lá suportar tanta gente em seu redor. Se ao menos chegassem para minorar a dor imensa de tudo quanto amou e se esfumou em passado. Mas não: o mais que fazem é cobrar, impor, exigir, determinar. E tudo sem dele saberem nada.
domingo, 19 de abril de 2009
Sócrates vilão
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Atenção condutores
Lei n.º 24/2007
de 18 de Julho
Define direitos dos utentes nas vias rodoviárias
classificadas como auto -estradas concessionadas,
itinerários principais e itinerários complementares
Artigo 12.º
Responsabilidade
1 — Nas auto -estradas, com ou sem obras em curso, e
em caso de acidente rodoviário, com consequências danosas
para pessoas ou bens, o ónus da prova do cumprimento
das obrigações de segurança cabe à concessionária, desde
que a respectiva causa diga respeito a:
a) Objectos arremessados para a via ou existentes nas
faixas de rodagem;
b) Atravessamento de animais;
c) Líquidos na via, quando não resultantes de condições
climatéricas anormais.
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, a
confirmação das causas do acidente é obrigatoriamente
verificada no local por autoridade policial competente,
sem prejuízo do rápido restabelecimento das condições
de circulação em segurança.
3 — São excluídos do número anterior os casos de força
maior, que directamente afectem as actividades da concessão
e não imputáveis ao concessionário, resultantes de:
a) Condições climatéricas manifestamente excepcionais,
designadamente graves inundações, ciclones ou sismos;
b) Cataclismo, epidemia, radiações atómicas, fogo ou
raio;
c) Tumulto, subversão, actos de terrorismo, rebelião
ou guerra.
Portanto já sabem: se ocorrer o acidente numa das três circunstâncias aima elencadas, exijam a presença da autoridade policial respectiva.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Putativos diplomatas ou vulgo filhos da puta
Estas denúncias são recorrentes e nada consta que se tenha apurado contra esta espécie de embaixadores da treta, traidores à pátria que lhes paga e os coroa de mordomias e salários principescos, que ancorados na vaidade decorrente dos lugares que ocupam, se recusam acudir à populaça.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
O que é ser comunista hoje?
Na utopia! É verdade, no início deste milénio, apesar de todos os coveiros terem vaticinado o contrário, existem homens movidos a sonho. Crentes na possibilidade de liquidar o capital e a abjecta fonte que o alimenta: a exploração de milhões - tantos milhões! - de seres humanos.