terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Este be não tem emenda

O be espalhou pelas ruas um cartaz que afirma que quem tem lucros não pode despedir. Curiosa mensagem subliminar: quem não tem lucros pode despedir à vontade!

E nemFrancisco Van Zeller, o patrão dos patrões, disse melhor: "Despedir quando há lucros é vergonhoso".

E aí está como a originalidade do be presta um relevante serviço à CIP.

As duas versões

Descobri esta pérola no maravilhoso blogue PÓPULO , que inclui a tradução nos comentários. A resposta, obtive-a no youtube e lamento não entender quase nada. A autora,Vanessa Van Petten, escreve muito sobre crianças e adolescentes. Pode ser que alguém se aventure na tradução. Não é Ricardo?




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Viva o PCP!

Deve ser muito triste mudar de partido vezes sem conta sem que mude a ideologia ou sequer a respectiva prática política. Tão triste como vir depois, cego pela desilusão, vergastar os partidos, como se fossem todos iguais, generalizando abusivamente o descontentamento pessoal.
Desde que fiz 18 anos sempre votei no PCP, na APU e na CDU. E permaneço feliz, porque o meu voto foi bem empregue. Tenho orgulho nas pessoas que ajudei a eleger, mas sobretudo nas políticas que ajudei a construir, também com o meu voto. Bem sei que não ganhei grande parte dos actos eleitorais e depois?
Basta-me o saber que o voto que confio é bem empregue e que os comunistas o que prometem cumprem. E claro que a mais das vezes não podem fazer obra porque estão em minoria. Mas lutam honrada e coerentemente por aquilo que prometeram.
Por isso, acho imensa piada aos que decretam morto o PCP, confundindo o desejo mórbido com a realidade. E têm sido tantos os coveiros, tantos os insultos... Mas, na verdade, poucos inovam a prática salazarista. E esta é uma das características dos democratas a partir de 1974: reproduzem a mesmíssima lengalenga anticomunista que a pide lhes inoculou, sem se aperceberem de que o fazem, tão rotinados estão no disparate.
A generalidade deles, antes de Abril, mamou na teta do conformismo e do conluio com o fascismo, da mesma forma que agora recebe as prebendas da democracia formal em que vegetamos.
E o discurso pretensamente inovador é velho de séculos: a culpa é dos partidos, pá! Isto agora só lá vai com movimentos. Os tais que passado pouco tempo se degladiam em guerrilhas intestinas até desaguarem no esgoto das ideias repisadas e vendidas como novas.
E o cenário permanece: o PCP, morreu. E isto dizem sem perceberem que morrerão séculos antes do Partido que, por ser emanação e obra prodigiosa do povo português, é imortal.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Adilson, menino pobre

Quando te vi, Adilson, tinhas os olhos aprisionados pelo carrinho de rolamentos dos meus filhos. Disse-te olá mesmo a tempo de escutar o teu murmurar singelo, "ai como gostava de ter um carrinho assim".
De forma que chTamanho do tipo de letraamei o Ricardo e o Francisco e um segundo bastou para decidirmos ofertar-te o nosso bólide. Do teu sorriso feliz não consigo falar, porque a comoção apenas me deixou uma vontade imensa de te abraçar, de te dizer meu filho, menino pobre e sem pais presentes.
Quando te entreguei o carrinho foi como se te doasse uma fortuna. Olhaste-me de olhos bem abertos e sorrindo, ainda me lançaste incrédulo: "Mas é mesmo meu?".
É sim, Adilson. É teu por direito próprio. E sei, porque mo disse a tua educadora, que o vais partilhar com os meninos teus irmãos de condição, em corridas maravilhosas pelos circuitos da tua terra, ali para os lados de Massamá.
Desde Sábado tenho sentido imensas saudades tuas. E de Soeiro Pereira Gomes, que não sei se conheces mas escreveu e lutou para que meninos como tu pudessem ter futuro. E muitos carrinhos de rolamentos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

SLB, GLORIOSO SLB


Custa muito perder pontos. Mas desta forma, habitual, custa mais. As imagens são claras e o penalty só existiu na cabeça do árbitro e na palhaçada do jogador portista.
Mesmo assim o empate, 1-1, deixa o glorioso com todas as possibilidades de conquistar o campeonato, o que será justíssimo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Isto não é ministro, é esgoto!


O trauliteiro ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, afirmou ontem, para calar as vozes socialistas que garantem inexistir liberdade de expressão no PS, que adora malhar no PCP.

O que o parvalhão não acrescentou é que gosta de o fazer de forma alarve e cobarde, canhestra e caluniosa, devidamente resguardado nas funções que exerce e protegido pela comunicação social servil.

No fundo, no fundo, não passa de um vaginiforme produto em fim de ciclo, uma excreção purulenta, um desvio de gente, em suma, um asco. Antes dele, os pides fruíram o mesmo gosto, deleitaram-se com a mesmíssima infâmia e o parolo, o gabarola, o sórdido, julga-se original.
Pois que malhe, mas faça-se homem. Assim travestido, guinchando insultos repelentes não vai lá.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

CHAMEM A POLÍCIA

Jornal de Notícias 2009-01-30




"A moral da história

João Pedroso teve os seus 15 minutos de glória mediática no processo Casa Pia ao lado do irmão Paulo, colega da ministra da Educação no ISCTE. Pelos vistos tomou-lhe o gosto, e volta agora à ribalta depois de contratar e cobrar por duas vezes o mesmo serviço ao Ministério da ministra. Tratava-se de fazer um apanhado das leis sobre Educação, coisa complicada de mais para os juristas do Ministério. Da primeira vez, cobrou e não fez o trabalho.
O Ministério, magnânimo (afinal o dinheiro não é seu, é dos contribuintes), encomendou-lho… de novo. E de novo lho pagou. E Pedroso de novo o não concluiu. Aí, o Ministério, em vez de, como é normal, lhe encomendar e pagar o serviço uma terceira vez, decidiu enfim rescindir o contrato. Só que Pedroso já embolsara 287 980 euros.
Devolveu-os? Não. Devolverá… metade. A prestações. Entretanto, a Universidade de Coimbra lembrou-se de repente de que Pedroso tinha subscrito consigo um contrato (outro) de exclusividade… Está em curso o usual inquérito, mas não há-de ser nada. Histórias destas, em Portugal, acabam sempre bem, com o herói a casar com a rapariga."
Comentário breve: o vital moreira, o augusto santos silva, o antónio vitorino e quejandos, não hão-de encontrar dificuldade em justificar mais este "roubo" socialista aos portugueses, seguramente ancorados nos mais elevados princípios do Estado Democrático.
Por mim, que sou boçal e atrasado, só me ocorre, recorrente, uma ideia: esta cambada transformou a pátria numa coutada de alguns filiados no ps e no reino do vale tudo. E ainda há quem se surpreenda com o Freeport...

A TÍTULO DE CURIOSIDADE

Correio da Manhã

21 Março 2007

Roménia - Negócio lucrativo
Empresa vende álibis para escapadelas

Uma empresa romena descobriu um lucrativo nicho de mercado até agora inexplorado: a criação de álibis falsos para homens que pretendam dar uma ‘escapadela’ de alguns dias com a amante.

A brilhante ideia foi de Piero Lombardo, um italiano radicado há 11 anos na Roménia. Tudo começou quando um amigo que tinha passado uns dias em Bucareste lhe confessou que gostava de voltar, mas sem que a esposa soubesse. Lombardo enviou-lhe então um e-mail, fazendo-se passar por um cliente e solicitando a sua presença urgente para a conclusão de um negócio.

Logo ali Lombardo percebeu que tinha encontrado uma ‘mina de ouro’. Em três tempos criou um site (www.babaluTamanho do tipo de letracio.ro) através do qual oferece vários ‘pacotes’ de álibis falsos, criados à medida para cada cliente e devidamente documentados com provas que este pode depois mostrar à esposa, desde o convite para participar num congresso no estrangeiro até aos recibos fictícios de restaurantes e hotéis.

Os preços começam nos 30 euros e vão até aos mil euros para um ‘pacote’ completo, o qual inclui, por exemplo, o certificado de participação num congresso na Estónia, uma caixa de lápis com o monograma do hotel e um pequeno souvenir do local onde supostamente o cliente esteve.

Um dos casos mais memoráveis foi o de um cliente que se ausentou do lar por uns dias para ‘participar numa maratona’ num país estrangeiro. Ao regressar a casa, levava consigo o certificado de participação na prova, uma medalha e recortes de jornais locais afirmando que tinha ficado em terceiro lugar...

Ricardo Ramos com agências

A defesa assente em álibis

Carlos Cruz respondeu ontem à réplica do magistrado João Aibéo: E decidiu fazê-lo, por intermédio do seu advogado, de forma paradigmática: usou exactamente os argumentos que os acusados por crimes similares empregam em todo o mundo.
O traço distintivo foi o tom arrogante e malcriado do causídico que, antes de defender cruz, garantia, a quem o escutava, que o desaparecimento do menor Rui Pedro, cuja mãe patrocinava, se devia à existência da máfia pedófila internacional.
Cruz repetiu pela voz de Sá Fernandes as mesmíssimas ofensas com que ao longo do processo foi anatemizando as vítimas. Da sua imensa pobreza e infelicidade retirou conclusões aviltantes, referiu-lhes perturbações emocionais, decretou-as mentirosas.
À dor que revelaram ao país , resultante das violações reiteradas que sofreram, contrapôs Cruz recibos de portagem , facturas de telemóveis e modo de vida habitual.
Contudo, reconheceu - afinal de contas o Instituto de Medicina Legal foi peremptório - que todas as vítimas foram violadas. Só que os álibis que forjaram dizem que não o foram pelos arguidos presentes em tribunal... Portanto, no douto entendimento de Cruz, as vítimas mentem.
Na verdade, não existe um único violador de crianças que não seja um mentiroso experiente. E todos usam a técnica do logro: uma simpatia inexcedível e uma vida dupla perfeita.
Ora, contra esta verdade, contra o sofrimento das vítimas, não há empresa de álibis que resista.