
Aquela Noite de Natal é o mais recente livro de José Casanova. Depois de ter sido publicamente apresentado na recente edição da Festa do Avante, coube a Urbano Tavares Rodrigues falar hoje do livro na Casa do Alentejo, em Lisboa. A sala foi pequena para acolher tantos leitores, amigos e admiradores do Zé. Que escutaram, orgulhosos, Urbano Tavares rodrigues afirmar que o autor de O Caminho das Aves é já um grande escritor.
Pessoalmente, adorei o livro. E só lamento que a mesquinhez e o carácter persecutório dos que fazem crítica literária em Portugal, melhor dizendo, dos que dominam e mandam na crítica literária cá no burgo, tenham já decretado que do livro não se pode falar. Porque o que está a dar, dizem eles, é a escrita não ideológica, assim propagando o "quando oiço falar de cultura, saco logo da pistola", que caracteriza os regimes fascitas.
Cabe-nos lutar contra a censura: porque se trata de um livro belíssimo, que fala de Amor e de luta, de resistência e paixão; de confiança no futuro e camaradagem. Mas sobretudo, porque o livro e o autor merecem que se fale deles.
No próximo dia 1 de Outubro, a partir das 17H00, os que puderem e quiserem conhecer o livro e o autor, podem fazê-lo deslocando-se à livraria Som da Tinta, em Ourém.
1 comentário:
José Casanova, um grande Romancista!
O seu primeiro romance “ O Caminho das Aves”, livro muito elaborado, com dezenas de personagens. Leva-nos aos anos da ditadura, passando pela Revolução e recordando-nos, os momentos difíceis de homens e mulheres que lutaram, sacrificando-se e deixando para segundo plano, a família, os amigos, uma vida! Sem contudo esquecer essa mesma família, os amigos e o amor!
Homens que acreditaram sempre, que a Liberdade era possível!
O realismo de algumas situações, causa-nos por momentos, que sejamos protagonistas do próprio romance.
Uma nota para a belíssima Capa – uma pintura do conceituado pintor, Rogério Ribeiro.
“Aquela noite de Natal”
Anos 60, períodos conturbados, na política social e económica do país.
Portugal vive a feroz ditadura, fascista.
A história inicia-se na azafama de uma noite de Natal!
A cumplicidade entre duas jovens amigas.
As condições económicas e sociais opostas, fortalece a maturidade politica que gradualmente vão adquirindo.
Joana, filha de um casal de fracos recursos económicos, o pai funcionário público com consciência politica suficiente para maldizer o regime vigente.
Eurídice, filha de pais abastados. O pai simpatizante do regime fascista e dos “bons costumes”!
Os seus segredos, os seus silêncios, as suas lutas partilhadas.
O desabrochar do amor que em silêncio segue de mãos dadas com o trabalho político.
Este romance, descreve-nos momentos de resistência e luta, de perigo, ameaças e muita coragem e grande solidariedade.
Mas no desenrolar da história, o amor, a amizade e a camaradagem, são uma constante. Terminando, com um beijo. O primeiro beijo, impulso suave, terno quase tímido, um beijo de amor, que não se esquece!
Duzentas páginas, que se lêem com toda a rapidez, tal a intensidade do livro!
Dois belíssimos romances!
Uma demonstração de forte amizade, como prenda de Natal!
Será um privilégio quem poder partilhar, no dia 1 de Out., no Som da Tinta em Ourém, a sensibilidade de dois extraordinários escritores: o Zé Casanova e Sérgio Ribeiro
Parabéns Pedro, pelo post!
GR
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