sábado, 16 de abril de 2005


Ao prato do dono

Por que será que os comentadores nos media são sempre os mesmos ? Por que será que entre o que escrevem semanalmente e o que peroram publicamente, existem diferenças abissais? Se lhes escondermos o Duverger glosado até ao limite da baboseira e invocado a despropósito; sem acesso à imprensa estrangeira que plagiam sem vergonha, descobre-se o imenso vazio da sua desonestidade intelectual. E no entanto, são sempre os mesmos. Fingem disputas onde existe só pensamento único; simulam indignações, ensaiam poses; estrebucham se alguém lhes aponta o conto do vigário que publicitam. Criticam por encomenda. Atacam por avença certa e avultada.Concordo com o Prof. José Gil (Portugal, Hoje: O Medo de Existir): "Nos jornais e na rádio, os debates confinam-se a trocas de opiniões e argumentos entre homens políticos, sempre de um partido, (...), ou entre comentadores, pretensos "opinion makers" que dialogam constantemente entre si, em círculo fechado. Muitos dos políticos são também comentadores, fazem o discurso e o metadiscurso, o que suscita um circuito abafador e redundante: sempre as mesmas vozes e a mesma escrita nos mesmos tons, com os mesmos argumentos..."

4 comentários:

António Balbino Caldeira disse...

Pedro

Desde a estabilização pós-revolucionária que é assim. Os mesmos, cada vez mais velhos e comprometidos.

Por causa disso é que Portugal é o País do Mundo com mais blogues relativamente à sua população.

Marco Oliveira disse...

Desejo-lhe uma excelente e frutuosa escrita neste blog.
É importante que o mantenha. Afinal, a sociedade civil somos todos nós.
Cumprimentos.

Carvalho Negro disse...

Sem vergonha nem pudor intoxicam o Portugal profundo. Depois da mentira proferida, descoberta e criticada, o autor continua como se nada tivesse acontecido.

Carvalho Negro disse...

A sua luta contra os "deuses" requer muita paciência e sofrimento. Felicidades.