terça-feira, 17 de abril de 2007

O TEMPO DAS GIESTAS


“Chove, agora, uma chuva miudinha, embora contínua. O vento, depois do temporal que durante a noite assolou o Tejo, amainou e sopra fraco. As gaivotas serenaram, pairam sobre o rio, soltam os seus gritos de tempo de bonança, fazem voos picados como se fossem mergulhar e elevam-se, roçando as águas, amiúde com peixes presos nos bicos. Simão espera-a junto à Torre, abrigado no seu guarda-chuva grande, acompanhando os movimentos das gaivotas, agora voltando-se, vendo-a, dirigindo-se-lhe em passo acelerado, quase a correr, a correr, no rosto um sorriso feliz. Pega-lhe nas mãos, segurando o guarda-chuva com o pescoço e o ombro: Ainda bem que vieste — murmura. Depois tira-lhe a sombrinha, devolve-lha fechada, ficam os dois sob o guarda-chuva, repete: Ainda bem que vieste.”

No próximo dia 19, às 18h30, todos os caminhos vão dar à Casa do Alentejo, em Lisboa: chegou, finalmente, O Tempo das Giestas, romance belíssimo, comovente, de José Casanova.

4 comentários:

GR disse...

Finalmente!
O livro tão aguardado.
Andei à procura dele, ainda não chegou.
Será mais um êxito, como os anteriores!

GR

Maria disse...

Talvez nos encontremos amanhã...

Um abraço, Pedro

Maria disse...

Foram tão bonitas as palavras do Zé...
E a emoção, ai a emoção dos 50 anos de entrada para o Partido...
Tão lindo...

Voltei para casa com uma "imensa alegria" no coração...

Mónica disse...

E lá estivemos ontem, todos juntos!

É tão bom ser comunista, é tão bom sentir o que só nós sentimos!

Viva a luta que travamos todos os dias!

Viva o Partido Comunista Português!