sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

O mundo em que vivemos

Numa escola com mais de 400 alunos, imensos problemas a resolver, em que por exemplo faltam professores para acompanhar as crianças com necessidades educativas especiais, a associação de pais convoca uma reunião.
À hora marcada, meia dúzia de pais comparece... Seis ou sete pessoas unidas pelo amor aos filhos, reprimem a custo a desilusão profunda perante tanto desinteresse. Dos outros pais. Alguém sugere metodologias diferentes para as futuras convocatórias, elementos novos para a associação, fala de tantas coisas para justificar as ausências e, sobretudo, para não desanimar os que vieram.
Mas sabe bem que esse cenário se repetirá no futuro. As pessoas - serão? - despejam os filhos nas escolas e esperam que, talvez por magia, o aproveitamento escolar surja. Para onde vamos? Que raio de país é este que exulta boçal com floribelas e ignora tudo quanto respeite ao crescimento dos filhos?

3 comentários:

Dijambura disse...

Infelizmente muitas escolas são depósitos de crianças, não há apoios funcionais e concrectos para a melhoria do contexto escolar, a vida de muitas crianças nas escolas passa apenas pelo lápis e carteira, não havendo estratégias de estimulação à criatividade e ao reforço das competências das crianças. As mais lesadas são sobretudo as mais fragilizadas, as que não têm apoio familiar, as que têm necessidades educativas especiais e não tem qualquer tipo de apoio no contexto escolar, etc... Há pais interessados, e sempre haverá...mas há cada vez mais desinteresse e apatia face ao desenvolvimento dos filhos e isso é um caminho triste que a sociedade está a tomar. Como consequência podemos correr o risco das nossas crianças se tornarem em adultos com menos valores humanistas e principios assentes no egoismo e na indiferença.Os pedagogos, os pais e todos os que se interessam em mudar esta realidade devem levantar a sua voz bem alto e tentar acordar quem anda adormecido. E sobretudo devemos continuar a acreditar!!!

rogério silva disse...

Concordo contigo, e infelizmente esta é uma situação que tem poucas excepções. atribuo isso á deficiente formação que o estado tem proporcionado aos cidadãos. Enquanto não tivermos governantes que tenham a coragem de assumir que o ensino e a formação são os pilares de uma sociedade mais desenvolvida, mais eficaz, mais solidária e mais consciente, este problema vai continuar a subsistir.
Enquanto não tivermos governantes que percebam que o maior investimento que há a fazer é no ensino e não no markting contra os sindicatos, os médicos, os professores, os juízes... ou em estádios de futebol, isto não vai mudar.
Para estes nossos (des)governantes, o necessário é fechar escolas para economizar, e promover as floribelas e outras floribelas com outros nomes para que o povo esteja entretido e não perceba como está a ser enganado, só que esses governantes não se envolvem como nós nas realidades locais para perceberem o quanto estão errados.
Mas força aí companheiro, é da persistência e não da desistência que advêm resultados.

Anónimo disse...

Eu penso que anda tudo a reboque...
Queria uma Sociedade melhor e mais conciente