terça-feira, 26 de setembro de 2006

Eugénio de Andrade


Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

1 comentário:

Dijambura disse...

Este poema ajuda-nos a abrir os olhos e a ver as coisas!