quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Independente?



O dr. Guilherme Waldemar Pereira d'Oliveira Martins, foi escolhido pelo Partido Socialista para presidir ao Tribunal de Contas. O lema socialista é claro: maioria, governo, presidente e já agora, tribunais. A começar pelo de Contas. Os outros virão a seguir. Nas autarquias pretendem implantar os executivos de um só partido. Tutelam a televisão pública e controlam, nos media privados, as consciências de aluguer sempre dispostas a reproduzir diligentemente a voz dos donos.
Para isto servem as maiorias absolutas.
Esta manhã, o dr. Guilherme garantia que passou a ser independente. Acreditamos. Nele e no Capuchinho Vermelho. E registamos, para que conste, parte do seu trajecto dependente: deputado à Assembleia da República. Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS. Membro do Conselho de Administração da Fundação Mário Soares. Membro da Convenção para o futuro da Europa. Foi Ministro da Presidência em 2000-2002, Ministro das Finanças em 2001-2002, Ministro da Educação em1999-2000, Secretário de Estado da Administração Educativa em 1995-1999, Deputado à Assembleia da República (II, III, VI, VII, IX e X legislaturas), Vice-Presidente da Comissão Nacional da UNESCO (1988-1994), Chefe de Gabinete do Ministro das Finanças em1979, Assistente da Faculdade de Direito de Lisboa em1977-1985, Consultor do Ministério das Finanças, Presidente da SEDES entre 1985-1995 e Secretário Geral da Comissão Portuguesa da Fundação Europeia da Cultura.É Grande Oficial Ordem do Infante D. Henrique, Comendador da Ordem de Isabel a Católica e Grã Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul.
Esta gente perdeu definitivamente a vergonha.

1 comentário:

a.castro disse...

Caro Pedro,

Quase se pode dizer: já lá vão os bons velhos tempos!
Os capitalistas e o capitalismo corrompem tudo... e o povo é que os põe lá, não há maneira de abrirem os olhos. Mas lamenta-se!
(Quem viaja de autocarro, como eu, é o que ausculta.) Resultado, numa eleição a cor é rosa, a vingança vai pela laranja e vice-versa! Não adianta um argumento do género: mas olhe que há outras hipóteses... "quais? são todos iguais"... não é correcto,minha senhora, outros há que nunca estiveram no governo, por isso esse ódio que diz sentir só teria efeito se votasse nos outros... há mais partidos, o PC, o BE, nunca estiveram a governar... (mas o diálogo também não resulta e não saímos disto!).
Estamos na UE, o capitalismo forte, o povo fraco. Outra revolução? A UE é um entrave, um conjunto de países "democráticos", mas se calhar seria a depuração necessária...
Abraço