Quando te vi, Adilson, tinhas os olhos aprisionados pelo carrinho de rolamentos dos meus filhos. Disse-te olá mesmo a tempo de escutar o teu murmurar singelo, "ai como gostava de ter um carrinho assim".
De forma que chamei o Ricardo e o Francisco e um segundo bastou para decidirmos ofertar-te o nosso bólide. Do teu sorriso feliz não consigo falar, porque a comoção apenas me deixou uma vontade imensa de te abraçar, de te dizer meu filho, menino pobre e sem pais presentes.
Quando te entreguei o carrinho foi como se te doasse uma fortuna. Olhaste-me de olhos bem abertos e sorrindo, ainda me lançaste incrédulo: "Mas é mesmo meu?".
É sim, Adilson. É teu por direito próprio. E sei, porque mo disse a tua educadora, que o vais partilhar com os meninos teus irmãos de condição, em corridas maravilhosas pelos circuitos da tua terra, ali para os lados de Massamá.
De forma que chamei o Ricardo e o Francisco e um segundo bastou para decidirmos ofertar-te o nosso bólide. Do teu sorriso feliz não consigo falar, porque a comoção apenas me deixou uma vontade imensa de te abraçar, de te dizer meu filho, menino pobre e sem pais presentes.
Quando te entreguei o carrinho foi como se te doasse uma fortuna. Olhaste-me de olhos bem abertos e sorrindo, ainda me lançaste incrédulo: "Mas é mesmo meu?".
É sim, Adilson. É teu por direito próprio. E sei, porque mo disse a tua educadora, que o vais partilhar com os meninos teus irmãos de condição, em corridas maravilhosas pelos circuitos da tua terra, ali para os lados de Massamá.
Desde Sábado tenho sentido imensas saudades tuas. E de Soeiro Pereira Gomes, que não sei se conheces mas escreveu e lutou para que meninos como tu pudessem ter futuro. E muitos carrinhos de rolamentos.
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