Sob custódia das Nações Unidas
A morte matada de Slobodan Milosevic
Slobodan Milosevic morreu a 11 de Março numa cela do «tribunal» de Haia. Ao que se sabe, é o sétimo preso sob custódia da ONU a perder ali a vida. Acasos?
Nuns casos por «suicídio», noutros por «causas desconhecidas», noutros ainda por «ataque cardíaco», os presos do «tribunal» de Haia vão morrendo convenientemente antes que o processo chegue ao fim. O primeiro a «acabar com a vida» terá sido Slavko Dokmanovic, mas outros se lhe seguiram nos últimos seis anos. O ritmo acelerou-se no final de 2005, de tal modo que em apenas meio ano se registaram pelo menos três óbitos: em Novembro de 2005, Dusko Bukcevic morreu de «enfarte»; a 5 de Março de 2006 Milan Babic «suicidou-se», e uma semana depois, no dia 11, Slobodan Milosevic sucumbiu a um «ataque cardíaco».
A morte matada de Slobodan Milosevic
Slobodan Milosevic morreu a 11 de Março numa cela do «tribunal» de Haia. Ao que se sabe, é o sétimo preso sob custódia da ONU a perder ali a vida. Acasos?
Nuns casos por «suicídio», noutros por «causas desconhecidas», noutros ainda por «ataque cardíaco», os presos do «tribunal» de Haia vão morrendo convenientemente antes que o processo chegue ao fim. O primeiro a «acabar com a vida» terá sido Slavko Dokmanovic, mas outros se lhe seguiram nos últimos seis anos. O ritmo acelerou-se no final de 2005, de tal modo que em apenas meio ano se registaram pelo menos três óbitos: em Novembro de 2005, Dusko Bukcevic morreu de «enfarte»; a 5 de Março de 2006 Milan Babic «suicidou-se», e uma semana depois, no dia 11, Slobodan Milosevic sucumbiu a um «ataque cardíaco».
Sem explicar como é que a morte do preso mais vigiado do mundo só foi descoberta «várias horas depois», os que dão a cara pelo «tribunal» desdobraram-se em explicações contraditórias para induzir na opinião pública a tese do suicídio, enquanto as primeiras páginas dos média de todo o mundo cavalgavam a onda para apresentar como facto consumado o que em cerca de cinco anos não foi possível provar, ou seja, a culpa de Milosevic. Incómodo em vida, o malogrado dirigente jugoslavo arrisca tornar-se ainda mais incómodo depois de morto. (excerto de texto publicado no Avante! Pela jornalista Anabela Fino).
Comentário do PCP
O Gabinete de Imprensa do PCP divulgou a 11 de Março o seguinte comentário à noticia da morte de Slobodan Milosevic:
1. O anúncio da morte de Slobodan Milosevic — o ex-presidente da República da Jugoslávia que resistira às imposições dos Estados Unidos e da NATO — ocorrida nas instalações do «Tribunal de Haia» para onde havia sido ilegalmente conduzido após o bombardeamento e desmembramento da Jugoslávia, não pode deixar de suscitar as mais legítimas interrogações.
2. O desaparecimento de Milosevic, curiosamente uma semana após a notícia do «suicídio», naquele mesmo local, de um outro destacado responsável político de territórios da ex-Jugoslávia, constitui um oportuno acontecimento para todos quantos — a começar pelos Estados Unidos — desejam iludir as graves consequências do seu intervencionismo, ver enterrada a verdade sobre a guerra que ali desencadearam e a nova situação na região dos Balcãs decorrente do processo de desmembramento que ainda hoje prossegue como o revela a tentativa em curso de separação do Kosovo.
3. O falecimento de Milosevic contribuirá para que perdure o conjunto de mentiras e falsificações históricas que deram suporte à ilegítima guerra de agressão, movida pelos Estados Unidos e pela NATO na base dos mais diversos pretextos, ao processo de sequestro e entrega de Milosevic ao «Tribunal de Haia», ao desmembramento violento do Estado Jugoslavo e à criação de uma nova situação geopolítica que visou, no essencial, a criação de um conjunto de novos países e protectorados subordinados à estratégia e objectivos de dominação dos Estados Unidos e dos seus aliados naquela região.
1 comentário:
Obrigado, também visitei o teu blogue e serei certamente visitante assíduo. A luta continua
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