A propósito da luta dos professores e da gigantesca manifestação de protesto contra sócrates e uma ministra faz-de-conta, Manuel Alegre, temendo que o silêncio o impedisse de fazer pela vidinha, logo veio declarar a impossibilidade de tal forma de luta ter sido levada a bom porto pelos sindicatos.
Que não - sentenciou -, não reconhecia à plataforma sindical capacidade para tão grande sucesso. E, célere, logo tratou de atribuir à colossal iniciativa razões que só ele descortina. Convenhamos que apesar de tudo, o poeta se conteve. Poderia, dando satisfação ao seu ego ilimitado, garantir que todos aqueles milhares de homens e mulheres desrespeitados pelo ps - de que é cúmplice, por mais que tente disfarçar - só desfilaram por amor e dedicação ao Alegre deputado e aos arrufos que, de quando em vez, liberta, quais gases intestinais.
A tal não chegou o Manuel e fez bem. Aliás, podia ser até mais comedido. Uma leitura simples do seu posicionamento e prática política, mostra-o coladinho a tudo o que de pior o ps tem feito contra Portugal e os portugueses. De braço dado com os seu antigos aliados Mário Soares e Frank Carlucci, começou por trair a Revolução de Abril e alinhar em intentonas que a História acabará por desvendar completamente.
Paulatinamente, foi justificando a excursão à Fonte Luminosa concedendo às políticas de direita todo o apoio, expresso ou implícito, da sua condição de deputado continuado. Recentemente, viu e propalou, mentindo, que a detenção de um seu correlegionário político era um ataque à democracia, um golpe de estado.
Apetece dizer deste poeta que é um verdadeiro fingidor. E que trata a realidade de acordo e à medida das obsessões presidenciais que acalenta.
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