sexta-feira, 9 de maio de 2008

A senhorita Y

O século passado conheceu acontecimentos exaltantes. Destaco três: a Revolução russa de 1917, a revolução cubana de 1959 e a nossa, de Abril de 1974. Em comum têm a reacção criminosa que sofreram por parte dos EUA, potência que não admite a dignidade inerente aos povos soberanos.

A Rússia logo sofreu a invasão de 22 países capitalistas e sabotagens de toda a ordem. Cuba, além da invasão da baía dos porcos e do bloqueio, teve que suportar ataques reiterados de terroristas municiados pelos EUA e pela máfia anticubana. A nossa revolução foi atacada logo no dia 25, e basta relembrar a actividade do mafioso Carlucci e seus apaniguados lusitanos.
Quando pretendem submeter um povo aos seus ditames, os nazis de Washington não vacilam na utilização de todos os meios ao seu alcance. Por isso assassinaram Allende e milhares de chilenos por intermédio de Pinochet. Destruiram Granada, a Nicarágua Sandinista e patrocinaram todas as ditaduras de Strossener a Somoza.
Agora, depois de assassinarem centenas de milhar de iraquianos, contribuem denodadamente para nova ofensiva contra CUBA. Criaram uma figurinha, há anos associada a terroristas conhecidos, compuseram-lhe a imagem e depois de adequado estágio na Suíça, fizeram-na reentrar novamente em CUBA, ordenaram aos seus lacaios que lhe divulgassem o nome e lhe ofertassem um prémio.

Num repente, a menina Y tornou-se numa estrela planetária. O que diz não interessa. Afinal de contas limita-se a repetir, com roupagem nova, as mesmíssimas coisas que os seus mentores ideológicos disparam contra a revolução cubana desde o início. Mas por enquanto vai brilhando. Porque surge como a menina vitimada pela “censura castrista”.

A mesma censura que afinal lhe permite ter um blogue, que disponibiliza espaços públicos com acesso à net e, pelos vistos, lhe permite viver do dinheiro que ganha com os escritos que produz.
E que nojo causa constatar que os mesmos que em Portugal silenciam todas as lutas e, servilmente, adulam o poder, se colocam em bicos de pés gemendo pela Y. Os mesmos que ostracizam os desempregados, os idosos com pensões de miséria, as vítimas dos pedófilos, os perseguidos por convicções ideológicas, grunhem agora contra revolucionários que toda a vida lutaram pelo bem comum. Contra o capitalismo!

6 comentários:

GR disse...

Magnífica análise política.
Qualquer destas três Grandiosas Revoluções, mudou o curso da História.
Pena que os malditos americanos destruam tudo!
Quanto à dita bloguer, está a ganhar muito dinheiro.
Uma noticia escandalosa e contraditória. Os jornais fazem dos leitores uns totós.
Censura??? há uma fulana que escreve o que quer e o que o neoliberalimo lhe exige, todos sabem quem é. Porém continua a escrever…Censura em Cuba???
Aqui já estava em tribunal, a PJ tinha entrado em casa a meio da noite, levando-lhe o computador, ameaçava a família (como aconteceu com o Dr. António Balbino).

Parabéns. Já estávamos com saudades por um texto assim.

GR

joao marques de almeida disse...

Boa e justa síntese.
Visitei pela primeira vez este blog, (frequento habitualmente a classepolitica) e achei-o oportuno .
Concordo com o princípio de que todos os que se sacrificam pela justiça social são merecedores de respeito, particularmente os que o fazem em detrimento da sua liberdade e da sua vida pessoal, como foi o caso dos nomes apontados que eu pessoalmente guardo na memória.
Quem tal não reconhece retracta-se como ser anti-social e no caso apontado como reconhecido inimigo da sociedade, isto é, do Pais enquanto conjunto de um povo.
Naturalmente que as revoluções assinaladas marcaram o curso da História e importa reconhecer que as condições intrínsecas que lhes deram origem continuam com toda a actualidade. Importa, no entanto, fazer uma análise lúcida sobre as causas do seu fracasso que naturalmente não se ficaram a dever às traições deste ou daquele dirigente recente (URSS, China, Albânia, Camboja, Coreia do Norte e ao que parece no Vietname), excepto Cuba que segue triunfante
Quanto a mim, grosso modo, as causas desses fracassa não esteve, nos prícipios dos modelos económicos adoptados, mas sim na prática política e da adopção de uma ideologia política como religião de Estado. Cuba, apesar das condições extremamente difíceis que justificaram grandes restrições de liberdades cívicas, nunca foi tão longe nessas restrições como nos outros países referidos.
Etc..
Joao

O Puma disse...

Tal e qual

Excelente

Não deixaremos morrer

os nossos mortos

Maria disse...

Aguçaste-me a curiosidade, Pedro....
Não conheço esse blog, mas vou tentar espreitar.
Só espreitar...

Obrigada por este post, Pedro. De facto os três acontecimentos que destacas foram de enorme relevância no século passado. E nós vivemos um, intensamente....

Um abraço

amigona avó e a neta princesa disse...

Encontrei por aí o blogue em questão e partilho de tudo oque dizes...beijos Pedro...

O Puma disse...

Não basta ter razão

como se vê

Força