Proponho um exercício simples: reuna-se numa sala um grupo de pessoas, trezentas por exemplo, e coloque-se a debate a situação do país e as posições dos respectivos partidos. Não tenho a menor dúvida que o PCP congregaria um apoio quase unânime. Porque as pessoas gostam de verdade, coerência, honestidade e trabalho. Durante os cerca de 14 anos em que realizei plenários de trabalhadores foi sempre isso que sucedeu.
Ora, se eleitoralmente isso não acontece, onde estará o problema?
É assim tão complicado entender o resultado do trabalho sujo desenvolvido pela comunicação social dominante, propriedade da classe que só o PCP combate?
O sistema e regime em que vivemos são antidemocráticos e as eleições uma farsa. Ganha quem o capital determina, o resto são meros frutos conjunturais traduzidos em décimas acima ou abaixo das expectativas. Concordo, por isso, com a posição do PCP, para quem as eleições são apenas uma frente de luta e nem sequer a mais importante. As eleições são disputadas num quadro profundamente desigual para as forças concorrentes, com o exacerbar da bipolarização e a lavagem de corruptos e ladrões, que se apresentam asssim de roupa lavada.
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