sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A CORJA - parte 2

A propósito de um texto que aqui publiquei, os queques-rosa, açulados por um jumento anónimo, como convém aos cobardolas, guincharam impropérios e ofensas várias na pobre caixa de comentários. A verdade dói. Mas não há ameaças que me impeçam de escrever o que penso. Poderia, para ilustar as malfeitorias do putativo engenheiro Sócrates, recorrer a centenas de documentos do PCP. Mas prefiro socorrer-me de

Excertos de um artigo de Garcia Pereira, publicado no Semanário de 12 de Junho de 2008


"Na verdade, e à boa maneira de todos os ditadores ao serviço de grandes interesses económico-financeiros, não há dia que passe em que Sócrates não tome mais uma medida contra os mais fracos e os mais pobres e em favor dos mais ricos e mais poderosos.


Como não há dia que passe em que - aconselhado por uma multidão de assessores de imagem, protegido por um núcleo crescente de seguranças, amparado por figurantes contratados e pagos ao dia ou por quadros do Partido Socialista "requisitados" para essa "nobre" missão de bater palmas ao chefe, e publicitado por uma imprensa de onde já há muito foi convenientemente varrido o jornalismo sério e independente e onde, portanto, não há lugar a perguntas incómodas ou a investigação digna desse nome - não venha pregar que vivemos melhor do que nunca, que os portugueses estão felizes, e que os nossos índices de qualidade de vida não cessam de subir.


O Governo PS, do mesmo modo que - unicamente para assim "poupar dinheiro" -, põe a Segurança Social a negar a reforma a trabalhadores a cair de mortos ou altera a lei para restringir, como efectivamente restringiu, o acesso ao subsídio de desemprego, permite que a dívida dos patrões à Segurança Social só no último ano tivesse aumentado cerca de 900 milhões de euros.

Mas Sócrates não se impressiona...


E entretanto, pela Lei 53-A/06, de 29 de Dezembro desse ano, o PS alterou à surrelfa e em defesa dos patrões o dito regime legal, passando agora este a estabelecer que empregador que embolsa em proveito próprio o dinheiro descontado a título de Taxa Social Única no vencimento dos seus trabalhadores só praticará o crime de abuso de confiança se já tiverem passado mais de 90 dias sobre a data do pagamento, se a Segurança Social tiver instaurado execução, se esta tiver notificado o mesmo patrão para pagar no prazo de 30 dias e se este não o tiver feito dentro desse prazo! Tudo razões por que se o patrão prevaricador tiver "bons amigos" na dita Segurança Social que nunca instaurem tais execuções, bem pode meter ao bolso dinheiro que não é dele que nunca será julgado por nenhum crime!?


Isto, enquanto o mesmo Governo de Sócrates, para pagar menos aos mais necessitados, criou uma base de cálculo (o chamado IAS - "Indexante de Apoios Sociais") de valor bem menor (407,01 euros) do que o já miserável salário mínimo nacional (que, como se sabe, é de 426,00 euros para o mesmo ano de 2008).

Mas Sócrates não se impressiona...


Tendo alterado, também no final de 2006, as regras de acesso ao subsídio de desemprego e ao subsídio social de desemprego, Sócrates fez com que um número cada vez menor de trabalhadores tenha hoje acesso a essas prestações sociais (de Julho de 2007 para Maio de 2008 esse número desceu de 263.278,00 euros para 254,135,00, cobrindo agora apenas 59,52% dos desempregados oficiais (427 mil) e 44,36% da totalidade dos desempregados (ou seja, incluindo os 70 400 de "inactivos disponíveis" e os 75 500 de "subemprego invisível", num total de 572 900).


E, mais do que isso, fazendo com que cada vez um maior número de trabalhadores desempregados - porque muitos e muitos deles precários e com contratos de curta duração - não consiga ter o tempo mínimo de contribuições para aceder ao subsídio de desemprego (450 dias nos dois últimos anos) e deste modo tenha apenas acesso ao Subsídio Social, de valor mais baixo.


Com o Governo de Sócrates - o tal que todos os dias nos entra pela casa dentro a repetir à exaustão que "estamos no bom caminho"... - o número dos contratos a termo aumentou drasticamente (entre o 1.º trimestre de 2005 e o 1.º trimestre de 2008 em cerca de 155 mil), enquanto o número dos contratos de natureza permanente, no mesmo período, baixou de 22,6%!

Mas Sócrates não se deixa impressionar...


Desde 2000 até agora, e de forma muito particular entre 2005 e 2008, o peso dos salários no PIB Português baixou sempre, sendo que agora é de apenas 49,3% do total.

E o último Relatório da Comissão Europeia refere mesmo que em Portugal 9% da população (sobre)vive com menos de 10 euros por dia (enquanto a média europeia é de apenas 5%)!

A miséria social e a pobreza - que atingem mais de 2 milhões e 200 mil cidadãos - alcançou já e de forma crescente mesmo as pessoas com empregos e correspondentes salários, só que tão baixos que mesmo esses não dão para satisfazer as necessidades mais básicas.
Mas Sócrates continua a não se impressiona
r..."

14 comentários:

Anónimo disse...

Tudo isso que é descrito no texto é uma realidade. Mas não nos podemos esquecer de todo um conjunto de situações que se desenvolveu nos sucessivos governos.
Para começar a Segurança Social quando foi criada não tinha como função atribuir qualquer tipo de subsidios. Não estava estruturada para isso. Apenas eram feitos os pagamentos das reformas atravéz dos descontos efectuados.
A atribuição do subsidio de desemprego foi um direito adquirido com o tempo. Um direito social bom, mas que infelizmente não houve a preocupação de se pensar de onde viria esse dinheiro para se poder efectuar esses pagamentos.
A juntar a isto, actualmente, a população activa que deveria estar a efectuar descontos não o faz. Ora porque está desempregada ora porque prefere trabalhar na clandestinidade para poder ganhar mais. Factos estes fazem com que não hája dinheiro nem para o pagamento das reformas muito menos para o subsidio de desemprego.
Como se não bastassem vem o governo de António Guterres atribuir um rendimento minimo.
Este tipo de rendimento é dos mais absurdos que eu já exitiu perante esta situação.
Atribuir um subsidio a pessoas jovens capazes de trabalharem, motivando a inércia e a malandragem. Ou seja perante uma situação negra ficamos com uma situação negressima. Em vez de se tentar resolver o problema da segurança social cada vez é mais agravado com medidas ridiculas. Pelo que eu tenho vindo a constatar acho que merecemos a situação gravissima que temos e que um dia termina de vez, porque a segurança social tem tendência para acabar num futuro próximo. Estoira!
Se não vejamos quando alguem se desponibiliza a tentar resolver os problemas da segurança social com métodos realistas de gestão, como foi o caso do Dr. Bagão Felix, foi criticado em todas as propostas que apresentava e vêja-se criticado por todos os partidos, e o que é mais engraçado sem propostas alternativas. Quando aparece pessoas como Dr. Antonio Guterres ou Eng. Sócrates ninguem se escandaliza. Por isso somos um povo que temos aquilo que merecemos. Deixa andar. Um dia não vai haver nada para ninguém nem para ricos nem pobres, a nivel social é claro, porque passa a haver seguros privados em que só têm acesso uma camada da população.
Estaremos cá para vêr!

Anónimo disse...

Uma argumentação muito bem feita um abraço.

Mar Arável disse...

Só temos que resistir

e por todas as formas

mobilizar

porque não basta ter razão

abraço amigo

Luís Maia disse...

Para que serviria um tal desconto para o fundo de desemprego, que durante anos se descontou, sendo que nunca foi pago nos tempos salazarentos qualquer subsídio desse tipo ?

Anónimo disse...

Para elucidar o srº Luis Maia tenho que responder que no tempo do Salazar nunca se fez nenhum desconto para o subsidio de desemprego mas sim para se pagarem as reformas dos funcionários publicos em que esses sim eram obrigados a descontar. Os que não eram funcionários publicos só descontavam se queriam e claro só recebiam as reformas se descontassem como era obvio. O subsidio de desemprego só apareceu mais tarde, após 25 de Abril, tal como descrevo no comentario que fiz. Foi um direito social que foi adquirido, e ainda bem, mas limitaram-se a isso. A "dar um subsidio". Agora donde vinha o dinheiro para pagar esse subsidio é que nunca se lembraram de pensar assim como o rendimento minimo. São tudo medidas politicas que são introduzidas para o eleitorado com vista nas próximas campanhas politicas.
È assim que o nosso pais funciona!!!
E é assim que o nosso país está!!!
Contudo tenho que admitir que, após o 25 de Abril, tivesse ou não condições, a segurança social de fazer frente a esses pagamentos e falo das reformas que todas as pessoas tiveram direito independentemente se efectuaram descontos ou não e do subsidio de desemprego, foi um direito fundamental para o bem estar da sociedade. Uma estabilidade. Cabe aos governantes determinarem uma estrutura solida para que se dê continuidade a esse direito que foi adquirido para o futuro da sociedade.

Crixus disse...

Os queques-rosa (como lhes chamas) ficam melindrados com as tuas palavras porque correspondem á mais pura das verdades. Assim tentam condicionar a nossa liberdade de expressao, mas nunca mais conseguirão faze-lo 34 anos depois de ABRIL

Anónimo disse...

Caro Dr Pedro

Você anda a dar cabo da sua vida a lutar contra esta corja com as armas deles.
Faça como se faz no aikido: aproveite a inercia deles e faça-os cair.
Não sei como mas como o senho está a fazer dá dó tantta boa fé e tanta ineficácia.
as leis foram feitas por eles e salvaguardam-nos.
Use a téchica do aikido, sff.
Eu estou do seu lado e admiro-o; mas não gosto de o ver a ser tratado como um touro na arena.
Pela protecção às crianças.
Acalme-se e pense friamente por tudo o que lhe for mais caro.
Um amigo e admirador

Anónimo disse...

é assim que a corja se prepara para limparo sarampo a quem ainda se atrever a pensar
http://www.realidadeoculta.com/armas.html

Anónimo disse...

http://br.youtube.com/watch?v=epMeGr-wDc0&feature=related

Que solução pode encontrar para isto?
Temos de ver estas coisas pela totalidade dos processos.
Veja o que hoje foi publicado aqui: http://saudeperfeitarfs.blogspot.com/
Por amor de Deus guarde as suas energias para irradicar completamente a corja. Não basta lutar contra os pedófilos.
Nós precisamos de si!
Portugal precisa de si.

Anónimo disse...

A corja só faz o que lhes mandam.
http://www.youtube.com/watch?v=bkZpIxVD9Hg&feature=related

E como são só uns espertalhoes estupidos nem percebem bem onde se meteram.

Arruma a cabeça e as ideias. Por favor.
Salte fora do sistema e vença-os.
As regras foram feitas por eles para se protegerem.
Por aí não é o caminho.

Anónimo disse...

Numa realidade como a que se procurava, Socialista, Comunista, o subsidio de desemprego seria uma contradição.
A questão é que tudo o que nos concedeu o 25 de Abril tem sido paulatinamente retirado!

A revolução é hoje.

Cumprimentos.

Mariazinha disse...

Caro Pedro

Hoje temos todos os motivos para perdermos a cabeça.
Não é minha intenção acusar ninguem de seja o que for mas cada vez me entristece mais a justiça em Portugal.Hoje houve novidades do hediondo processo, é simplesmente arrepiante...

Um forte abraço pela sua coragem!

José António Borges da Rocha disse...

Infelizmente trata-se de uma DESCARADA verdade.

Põe polícias pagas pelo PVO INOCENTE a garantir a segurança de plataformas exploradoras do Povo, que auferem biliões e biliões de lucros, enquanto o Povo pagante fica inseguro, sem protecção e sem direitos.

As reformas dos poíticos e afins SÃO UMA VERGONHA.

A política de educação é uma ESTERQUEIRA.

Meu Deus porque permites tal coisa...!

Anónimo disse...

Que importa perder a vida
na luta contra a traição,
se a razão mesmo vencida
não deixa de ser razão
Vale sempre a pena lutar